Quem faz o bem aos outros, a si mesmo o faz; o homem cruel causa o seu próprio mal.”
Provérbios 11:17
Pense na sua vida como um jardim. Todos os dias, em cada interação, em cada palavra dita ou não dita, você está plantando sementes. Algumas pessoas, por hábito ou amargura, plantam sementes de discórdia, crítica e aspereza. Outras, escolhem conscientemente plantar sementes de paciência, gentileza e encorajamento. O livro de Provérbios, com sua sabedoria prática e direta, nos lembra de uma verdade inescapável sobre a jardinagem da vida: você sempre colherá aquilo que plantou.
O versículo de hoje é a essência da lei do bumerangue espiritual. Vamos analisar as duas faces dessa moeda:
Primeiro, “Quem faz o bem aos outros, a si mesmo o faz.”
Numa primeira leitura, isso pode soar egoísta, como se devêssemos fazer o bem apenas visando um retorno. Mas a sabedoria aqui é muito mais profunda. Deus estabeleceu um princípio no universo: a bondade é uma semente que, ao ser plantada na vida de alguém, gera seus primeiros frutos dentro do próprio semeador.
Quando você escolhe ser gentil, paciente ou generoso, antes mesmo que a outra pessoa seja abençoada, algo muda dentro de você. A paz de espírito toma o lugar da ansiedade. A alegria de ajudar substitui o peso do egoísmo. Você constrói pontes de confiança ao invés de muros de suspeita. Viver uma vida de bondade é alinhar seu coração com o coração do próprio Deus, e não há bem maior para a alma do que este. A sua paz interior é a primeira colheita.
Agora, o outro lado, igualmente verdadeiro: “…o homem cruel causa o seu próprio mal.”
A pessoa que vive de aspereza, grosseria e egoísmo está, na verdade, sabotando a si mesma. Ela pode até sentir um poder momentâneo ao intimidar ou magoar alguém, mas está plantando espinhos em seu próprio jardim. A crueldade gera um ambiente de tensão, solidão e amargura. O homem cruel vive desconfiado, afasta as pessoas de bom coração e atrai para si relacionamentos tóxicos. Ele se torna o maior prisioneiro de sua própria maldade, envenenando sua alma com o mesmo veneno que distribui.
Essa sabedoria não ficou apenas no Antigo Testamento. Jesus a elevou ao padrão ouro em Mateus 7:12: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam”. Ele sabia que o caminho para uma vida abençoada era ser uma bênção. O apóstolo Paulo resumiu tudo em Gálatas 6:7: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.”
Então, pare um momento e olhe para o seu “jardim”. Que tipo de sementes você tem espalhado em sua casa, no seu trabalho, em suas conversas e até mesmo em suas redes sociais? A colheita que você está tendo em seus relacionamentos te agrada?
A boa notícia é que, com a ajuda do Espírito Santo, podemos sempre escolher que tipo de sementes plantar, a começar de hoje. Mesmo que o terreno da vida de outra pessoa pareça seco ou hostil, escolha plantar o bem. Faça isso não apenas por ela, mas por você. Faça isso porque você quer colher paz, alegria e bons relacionamentos em sua própria vida. Faça isso, acima de tudo, para honrar ao Deus que é a fonte de toda a bondade.
Sugestão de Música:
O desejo de viver essa verdade, de ser um agente do bem no mundo, é o coração da canção “Quero Ser uma Benção” do Daniel Souza. É uma oração cantada que pede a Deus para nos usar como instrumentos de Sua bondade.