Embora o Irã tenha assinado tratados internacionais que garantem a liberdade religiosa, como o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, a realidade no país é muito diferente. Na prática, a Constituição iraniana só reconhece três minorias religiosas — zoroastristas, judeus e cristãos — e mesmo esses grupos vivem com restrições severas, especialmente os cristãos.
Limitações Rigorosas
Cristãos armênios e assírios, por exemplo, podem realizar cultos, mas com limitações rigorosas: não podem usar o idioma persa, nem distribuir materiais cristãos nessa língua ou aceitar ex-muçulmanos em suas congregações. Qualquer desvio dessas normas é punido com fechamento de igrejas e prisão de líderes. Já cristãos convertidos do islamismo — principalmente da etnia persa — enfrentam perseguição aberta, pois o governo considera a conversão um crime contra a segurança nacional. Isso porque, para o regime islâmico, abandonar o islamismo representa uma ameaça ao próprio sistema de governo.
Condenações Explícitas
Como o Irã busca manter boa imagem internacional, evita condenações explícitas por motivos religiosos. Em vez disso, acusa os cristãos de formarem grupos ilegais (igrejas domésticas), de propaganda contra o regime ou contra o islamismo. As penas podem chegar a dez anos de prisão. Assim, os cristãos convertidos são empurrados à clandestinidade: não podem frequentar igrejas oficiais e são proibidos de se reunir em casas para cultuar.
Crescimento da Fé
Segundo a Portas Abertas, o governo vê com desconfiança o crescimento da fé cristã e reage com rigidez, especialmente contra aqueles que lideram ou evangelizam. Para apoiar esses irmãos perseguidos, acontecerá entre os dias 19 e 21 de setembro o Shockwave 2025, uma mobilização de oração global pela Igreja Perseguida no Irã. Grupos e igrejas podem se cadastrar para liderar encontros e receber materiais gratuitos para interceder por nossos irmãos iranianos.