Diretor de teatro Aderbal Freire-Filho falece aos 82 anos
Aos 82 anos, faleceu hoje (9) no Rio de Janeiro o renomado diretor teatral Aderbal Freire-Filho. A informação foi confirmada pela assessoria da Rede D’Or, proprietária do Hospital Copa Star, onde Aderbal estava internado. A causa da morte ainda não foi divulgada. O diretor, desde que sofreu um AVC hemorrágico em 2020, enfrentava complicações de saúde. Aderbal foi apresentador do programa “Arte do Artista” na TV Brasil de 2012 a 2016.
Carreira e legado de Aderbal Freire-Filho
Nascido em Fortaleza em 1941, Aderbal Freire-Filho, apesar de sua formação em direito, seguiu sua paixão pelas artes cênicas. Desde a adolescência, ele participava de grupos amadores de teatro. Em 1970, mudou-se para o Rio de Janeiro e fez sua estreia como ator na peça “Diário de Um Louco”, de Nikolai Gogol. A peça era encenada em um ônibus que percorria as ruas da cidade. Em 1972, ele dirigiu sua primeira peça: “Cordão Umbilical”, de Mário Prata. No ano seguinte, obteve grande sucesso com a direção de “Apareceu a Margarida”, do dramaturgo Roberto Athayde, estrelado por Marília Pêra.
Parceria com Marieta Severo e realizações na carreira
Aderbal Freire-Filho foi casado com a atriz Marieta Severo e trabalhou com ela em várias ocasiões, incluindo a peça “Incêndios”, na qual ela era a protagonista. Essa produção lhe rendeu o Prêmio Shell de Teatro na categoria de melhor diretor. Ao longo de sua carreira, ele dirigiu pelo menos 29 peças de teatro e atuou em dois filmes e três séries de televisão.
Último trabalho e legado na televisão
O último trabalho de Aderbal nas telas foi o programa “Arte do Artista” na TV Brasil. Durante quatro temporadas, ele explorou uma abordagem experimental, mesclando diferentes linguagens da televisão, teatro e cinema. O programa contou com a participação de renomados artistas e personalidades culturais brasileiras, como Nicette Bruno, Selton Mello, Wagner Moura, Andréa Beltrão, Camila Pitanga, Deborah Colker e Marília Gabriela.
A morte de Aderbal Freire-Filho representa uma grande perda para o mundo das artes cênicas no Brasil. Sua contribuição única como diretor teatral e sua inovação na televisão são lembradas e admiradas por artistas e espectadores. Seu legado será eterno.
*Com informações da Agência Brasil