Arrecadação federal de agosto registra queda de 4,14% e totaliza R$ 172,78 bilhões

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Arrecadação da União tem queda pelo terceiro mês consecutivo

A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve queda pelo terceiro mês seguido, totalizando R$ 172,78 bilhões em agosto, de acordo com os dados divulgados pela Receita Federal. Esse valor representa uma redução real de 4,14% em relação ao mesmo período de 2022, descontando a inflação calculada pelo IPCA.

Arrecadação de janeiro a agosto é a maior desde 1995

No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação atingiu R$ 1,52 bilhão, registrando uma queda real de 0,83% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, esse valor acumulado é o maior desde 1995.

Resultados influenciados por alterações na legislação tributária e pagamentos atípicos

A Receita Federal aponta que os resultados foram influenciados por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos relacionados ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que são indicadores importantes da atividade econômica. Além disso, as desonerações concedidas no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) também tiveram impacto no resultado.

Arrecadação do Imposto de Renda e da CSLL apresenta queda

A arrecadação do IRPJ e da CSLL teve uma queda real de 23,30% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2022. Isso se deve ao decréscimo de 33,25% na arrecadação da estimativa mensal de empresas. No acumulado do ano, a arrecadação do IRPJ e da CSLL registrou uma queda real de 8,24%, influenciada pela diminuição na estimativa mensal e na declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, além do aumento no lucro presumido.

Fatores não recorrentes e desonerações tributárias afetam a arrecadação

Houve fatores não recorrentes que contribuíram para melhorar a arrecadação, como o recolhimento extra do imposto de exportação sobre combustíveis em agosto deste ano, no valor de R$ 830 milhões. Por outro lado, as desonerações tributárias, como a redução de alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis e do IPI, impactaram negativamente a arrecadação.

Outros destaques da arrecadação

Em relação aos demais tributos, destaca-se a redução na arrecadação do Imposto de Importação e do IPI Vinculado à Importação, enquanto o PIS/Pasep e a Cofins registraram crescimento. Outras receitas administradas pela Receita Federal também tiveram um aumento significativo.

Indicadores macroeconômicos influenciam a arrecadação

Os principais indicadores macroeconômicos, como a venda de serviços, a massa salarial e a venda de bens, também influenciaram o desempenho da arrecadação tanto no mês de agosto quanto no acumulado do ano. A produção industrial e o valor das importações apresentaram queda.

Esses são os principais detalhes da arrecadação da União no mês de agosto, que registrou mais um mês de queda. A Receita Federal continua monitorando os resultados e analisando os impactos da legislação tributária e dos pagamentos atípicos na arrecadação. É importante ressaltar a importância de se observar os indicadores macroeconômicos para compreendermos o contexto em que esses resultados estão inseridos.



*Com informações da Agência Brasil

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