Aumento da Geração Distribuída no país resulta em diminuição do valor das contas de energia

5 min de leitura


A capacidade de geração própria de energia elétrica no Brasil atingiu um marco significativo, alcançando 23 gigawatts (GW). A energia solar é responsável por mais de 98% desse total, enquanto outras fontes, como eólica e biomassa, também contribuem para a geração distribuída (GD). De acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o Brasil está entre os dez maiores produtores de energia solar do mundo. As previsões para este ano indicam um investimento de cerca de R$ 38 bilhões no setor, com o objetivo de alcançar uma potência gerada de 26GW até dezembro.

Atualmente, existem mais de 3 milhões de unidades consumidoras (UCs) no Brasil que utilizam a geração própria de energia. Cada UC representa uma residência, um estabelecimento comercial ou outro tipo de imóvel abastecido por micro ou mini usinas que utilizam fontes renováveis. A combinação da extensão territorial e das condições climáticas favoráveis no país tem impulsionado o crescimento da geração distribuída, com a instalação de sistemas fotovoltaicos em residências, comércios e indústrias. Além disso, avanços tecnológicos e incentivos governamentais têm tornado a geração distribuída cada vez mais atrativa.

Essa evolução resultou em uma redução nos custos de compra, instalação e manutenção de equipamentos. O presidente da ABGD, Guilherme Chrispim, comentou sobre o aumento do número de interessados e empresas no Brasil, o que contribuiu para a competitividade dos preços. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou a geração distribuída em 2012, mas foi a partir de 2016 que a procura começou a crescer rapidamente.

Além de ser uma forma de energia mais limpa e renovável, a geração distribuída tem se mostrado econômica para os consumidores. Chrispim relatou sua própria experiência de redução dos gastos com energia após a instalação do sistema em sua residência. Essa economia é um fator de interesse tanto para consumidores quanto para empreendedores, e tem impulsionado o avanço do setor. Em alguns estados, a diferença nas contas de energia pode ser ainda maior devido à isenção de impostos sobre a energia.

Para ampliar o acesso a esse tipo de energia, a ONG Revolusolar desenvolve projetos em comunidades, como a da Babilônia, no Rio de Janeiro. A ideia é permitir que mais pessoas possam se beneficiar da geração própria de energia elétrica, proporcionando um equilíbrio no orçamento familiar. Atualmente, 34 famílias da comunidade participam do programa, mas a expectativa é que esse número aumente para 100 até o final do ano.

Para adotar a geração própria de energia elétrica, o consumidor deve contratar um instalador ou integrador que avaliará a demanda de energia e dimensionará o sistema adequado. A diferença entre a demanda e a capacidade do sistema pode ser suprida pela distribuidora, resultando em uma fatura a pagar. É importante ressaltar que, durante a noite, quando não há produção de energia pelos sistemas solares, o consumo é fornecido pela distribuidora.

Os custos de investimento variam de acordo com a quantidade necessária de energia e com os impostos estaduais. No entanto, os custos têm diminuído nos últimos meses, e já existem opções de financiamento oferecidas por bancos públicos e privados. O presidente da ABGD destaca que a capacidade instalada da geração distribuída já supera a da Usina Hidrelétrica de Itaipu, o que demonstra o potencial desse tipo de energia no Brasil.

A geração distribuída de energia elétrica tem se mostrado uma alternativa sustentável e economicamente viável para os consumidores brasileiros. Com a sua expansão, mais pessoas terão acesso a uma energia limpa e renovável, contribuindo para a redução dos impactos ambientais e para a democratização do setor energético no país.



*Com informações da Agência Brasil

Compartilhe este artigo
Seguir:
Este perfil é de um cadastro geral e não está relacionado a um redator em específico. Os administradores do portal publicam as novidades diárias através deste perfil.
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile