Expectativas de crescimento do varejo para 2024
De acordo com o economista Fabio Bentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o varejo nacional deverá ter um crescimento real do volume de vendas de 1,5% em 2024, descontando a inflação. Essa projeção representa uma queda em relação aos 1,8% estimados para 2023, em decorrência da expectativa de um menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.
Segmentação do crescimento do varejo
Os segmentos do varejo que dependem de crédito tiveram um desempenho ruim em 2023, com quedas significativas nas vendas. No entanto, os segmentos de consumo essencial, que não dependem tanto do crédito, apresentaram crescimento, como os setores de combustíveis, supermercados e farmácias.
Empregabilidade e flexibilização da política monetária
A expectativa é que, em 2024, a flexibilização da política monetária, com a redução da taxa básica de juros (Selic), resulte em um crescimento mais equilibrado nos setores do varejo. Isso tende a refletir nos números de empregabilidade, com uma recuperação dos setores que dependem mais de crédito. No entanto, a CNC estima que os setores de serviços e turismo também terão um crescimento menor em 2024.
Reposição de empregos no setor de turismo
Apesar do crescimento menor em 2023, o setor de turismo conseguiu repor as vagas de emprego perdidas durante a pandemia. A geração de empregos formais foi mais forte em 2022, mas o setor já conseguiu recuperar as vagas perdidas, principalmente no segmento de alimentação, bares e restaurantes.
Criação de vagas de trabalho no varejo
O comércio em geral criou 105,4 mil vagas de trabalho em 2023, com destaque para supermercados, que lideraram a criação de vagas. No entanto, setores como vestuário e móveis apresentaram um saldo negativo no número de empregos.
Ganho real no salário médio de admissão
Apesar do crescimento mais fraco em relação ao ano anterior, o salário médio de admissão apresentou ganho real em diferentes setores. No comércio, houve um aumento entre 6% e 10%, acima da inflação. No entanto, alguns segmentos do turismo e serviços tiveram perdas em relação à inflação.
Conclusão
Apesar das expectativas de um crescimento menor em 2024, o varejo continua apresentando perspectivas positivas de recuperação e ganhos reais. A flexibilização da política monetária e a recuperação de empregos em diversos segmentos devem contribuir para um cenário mais equilibrado no próximo ano.
*Com informações da Agência Brasil