Confiança da indústria de pequeno porte na economia cresceu em julho

Otimismo das indústrias de pequeno porte em relação à economia

Pela primeira vez em 2021, as indústrias de pequeno porte mostraram otimismo em relação à economia. De acordo com a pesquisa Panorama da Pequena Indústria, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) para as indústrias de 10 a 49 funcionários fechou o mês de julho em 50,6 pontos.

A melhoria do índice e suas consequências

Elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pesquisa revelou que o Icei para as indústrias de pequeno porte está abaixo da média histórica (52,8 pontos), porém, pela primeira vez no ano, ficou acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da desconfiança.

Segundo a CNI, uma melhoria no índice é importante pois pode resultar em mais investimentos e contratações nos próximos meses.

Desempenho da pequena indústria

A pesquisa também avaliou o desempenho da pequena indústria, que atingiu 44,8 pontos no segundo trimestre. O índice está acima da média histórica (43,8 pontos) para todos os meses e também acima da média de 42,6 pontos do segundo trimestre em específico.

O Índice de Desempenho varia de 0 a 100 e, ao contrário do Índice de Confiança, não possui uma linha divisória em 50 pontos. Esse índice considera diversos parâmetros, como a evolução do volume de produção e nível de atividade, o grau de utilização da capacidade instalada e a variação do número de empregados.

Em março, o índice teve uma queda de 3,5 pontos em relação a abril, mas em maio houve um avanço de 2,4 pontos e, posteriormente, de 0,4 ponto em junho. De acordo com a CNI, a queda no primeiro mês do trimestre não foi suficiente para reverter o cenário positivo.

Principais problemas enfrentados

O Panorama da Pequena Indústria também identificou os principais problemas enfrentados pelas indústrias de pequeno porte. Para os empresários do ramo da indústria de transformação, a elevada carga tributária foi o principal problema, mencionada por 41,6% dos entrevistados. Em seguida, a demanda interna insuficiente foi citada por 32,4% e as taxas de juros elevadas por 27,4%.

No setor da indústria da construção de pequeno porte, as taxas de juros elevadas lideraram as preocupações com 33,3% das citações, seguidas pela burocracia excessiva (27,6%) e pela carga tributária elevada (26,0%).

*Com informações da Agência Brasil