Icec alcança 109,1 pontos em janeiro, aponta CNC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 109,1 pontos em janeiro, representando um aumento de 0,8% em comparação ao mês anterior. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), essa elevação interrompe uma sequência de quatro quedas consecutivas, sinalizando uma virada positiva nas perspectivas do varejo.
Em meio a esse cenário esperançoso, a CNC destaca a melhor percepção sobre o consumo atual no mês de janeiro, que contribuiu para o aumento do otimismo. A organização ressalta que as condições de mercado estão em sintonia com as expectativas dos comerciantes.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, também comemora a recuperação do Icec em janeiro como um sinal positivo para o início de 2024. Ele destaca que esse aumento aponta para um otimismo moderado aliado à melhora das condições atuais do setor, mas com a prudência necessária diante do atual cenário.
Confiança dos empresários
Um destaque desse período foi o crescimento de 4,5% na confiança dos empresários em relação às condições atuais do setor, em comparação a dezembro do ano passado, segundo o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. Ele destaca que esse é o primeiro resultado positivo após quatro meses consecutivos de queda e que isso indica uma melhora na saúde financeira das empresas do comércio.
O indicador que retrata as expectativas dos empresários também teve um bom desempenho, mostrando um aumento de 0,3%. Essa melhora representou a saída das taxas anuais negativas e indicou um retorno à estabilidade entre janeiro de 2024 e 2023.
Intenções de investimento
Por outro lado, as intenções de investimento registraram um pequeno recuo de 0,1%, refletindo a cautela dos consumidores para os próximos meses. Esse resultado revela o cuidado dos empresários em alocar mais capital na empresa antes de terem sua confiança confirmada, apontando um ambiente de incerteza econômica.
A proporção de comerciantes que planejam reduzir suas contratações chegou a 37% em janeiro de 2024, o maior nível desde junho do ano passado. Isso mostra a maior dificuldade dos estabelecimentos em manter seus fluxos de capital, apesar das taxas de juros mais acessíveis do que no ano passado.
Segmentos do varejo
Em janeiro, todos os segmentos do varejo pesquisados mostraram crescimento na confiança do empresário do comércio. O maior avanço mensal foi no comércio de produtos de bens essenciais, anotando um aumento de 3,8% nas séries com ajuste sazonal. O grupo de produtos duráveis subiu 1,6%, beneficiado pelo acesso facilitado devido aos juros mais baixos.
Por outro lado, a atividade de bens semiduráveis foi a única a registrar queda, chegando a 1,2% em janeiro. Isso pode ser atribuído ao foco das famílias em bens essenciais, refletindo uma queda de 0,5% na ICF de janeiro. Mesmo com o corte de juros, os empresários do setor ainda enfrentam desafios devido ao controle do orçamento das famílias para evitar a inadimplência.
*Com informações da Agência Brasil