Alto volume de vencimento de títulos faz Dívida Pública Federal cair para R$ 6 trilhões
No mês de setembro, o alto volume de vencimento de títulos fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair e retornar à marca de R$ 6 trilhões, de acordo com números divulgados pelo Tesouro Nacional. O estoque da DPF passou de R$ 6,265 trilhões em agosto para R$ 6,028 trilhões em setembro, registrando uma queda de 3,02%.
DPFi e DPFe
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) apresentou uma redução de 3,22%, passando de R$ 6,028 trilhões em agosto para R$ 5,834 trilhões em setembro. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou um aumento de 3,71%, subindo de R$ 237,46 bilhões em agosto para R$ 241,78 bilhões em setembro.
Colchão e Composição
O colchão da dívida pública, que é a reserva financeira usada em momentos de turbulência, também apresentou uma queda em setembro. Passando de R$ 1,025 trilhão em agosto para R$ 810 bilhões no mês passado. Esse resultado foi influenciado pelo resgate líquido no mês anterior.
A composição da DPF também foi afetada pelo alto volume de vencimentos. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu levemente, passando de 41,39% em agosto para 38,58% em setembro. Os títulos prefixados, por sua vez, tiveram um aumento na fatia, passando de 25% para 26,39%. Já os títulos corrigidos pela inflação, tiveram um aumento de 29,61% para 30,81%.
Prazo e Detentores
O prazo médio da DPF aumentou, passando de 4 para 4,41 anos. Esse prazo indica a quantidade média de tempo que o governo leva para renovar a dívida pública. E quanto maiores são os prazos, maior é a confiança dos investidores na capacidade do governo de cumprir seus compromissos.
As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 28,6% de participação no estoque, seguidas pelos fundos de investimento com 23,4% e os fundos de pensão com 23,1%. No mercado externo, a participação dos estrangeiros na dívida pública subiu, atingindo o maior nível desde dezembro de 2021.
Considerações finais
A queda na Dívida Pública Federal em setembro foi influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos. A composição da dívida também sofreu alterações, com o aumento da proporção de títulos corrigidos pelos juros básicos e títulos prefixados. Além disso, o prazo médio da dívida aumentou, indicando a confiança dos investidores na capacidade do governo de cumprir seus compromissos. As instituições financeiras seguem como principais detentoras da dívida, mas a participação dos estrangeiros aumentou. Esses são dados relevantes para entender a situação da dívida pública do país e suas perspectivas futuras.
*Com informações da Agência Brasil