O dólar comercial permanece na alta de R$ 5,50 no último fechamento, superior à máxima que havia sido observada em janeiro de 2023, no momento da transição de governo. Este valor foi atingido após declarações do Poder Executivo em relação a um suposto espaço das contas públicas para aumento de gastos.
A política do governo de incentivo ao gasto público e a expectativa de incapacidade de cumprimento da meta fiscal aumentam a tensão do mercado, que opta pela retirada de divisas do país. O cenário exterior, de juros altos nos Estados Unidos, também causa valorização generalizada do dólar, sobre diversas moedas. Os juros futuros no Brasil também estão altos com o cenário de nervosismo financeiro e o banco central já sinalizou a interrupção dos cortes da Selic.
A leve interrupção da alta do dólar, que ocorreu no último fechamento, é resultado da preferência dos investidores em vender dólares, quando ele atinge um valor de máxima. Isso faz aumentar a liquidez no mercado e a moeda se torna mais barata. Outro fator foi a divulgação dos dados de emprego, do Caged, que mostram que, em maio de 2024, houve a criação de 131.811 vagas com carteira assinada no país.
Uma declaração pública do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a autonomia do ministério para equilíbrio das finanças federais também melhorou o humor do mercado. Além disso, houve uma nova entrevista com o Presidente da República em que ele afirma “sempre existirem chances para corte de gastos”.
Ou seja, enquanto houver uma “gangorra de opiniões” das principais autoridades do governo sobre a questão fiscal, o país enfrentará o “sobe e desce” da moeda.
O euro também obteve leve queda, de R$ 0,01, a R$ 5,89. Para o turismo, os valores são superiores.
As cotações são da companhia Morningstar.