Desconcentração da economia brasileira: grandes cidades perdem importância no PIB
Nos últimos anos, a economia brasileira tem passado por um processo de desconcentração, com grandes cidades perdendo sua importância no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Segundo um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação das principais cidades no PIB nacional tem diminuído, enquanto outras localidades têm ganhado relevância econômica.
### Mudança na concentração do PIB
Em 2002, apenas quatro cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – representavam um quarto do PIB nacional. No entanto, em 2021, o número de cidades que compõem esse grupo aumentou para 11. Além das quatro cidades mencionadas, entraram na lista Manaus, Curitiba, Osasco, Maricá, Porto Alegre, Guarulhos e Fortaleza.
### Descentralização das capitais
As capitais também têm perdido participação no PIB, passando de 36,1% em 2002 para 27,6% em 2021. Esse processo de desconcentração foi ainda mais acentuado em 2020, devido às restrições causadas pela pandemia da covid-19.
### Desigualdades regionais
O estudo também aponta desigualdades regionais no PIB per capita dos municípios brasileiros. Enquanto a média nacional era de R$ 42,2 mil, o Nordeste tinha R$ 21,5 mil e o Norte R$ 29,8 mil. As demais regiões estavam acima da média, com destaque para o Centro-Oeste, com R$ 55,7 mil.
### Atividades econômicas
O levantamento revela que as atividades econômicas estão se descentralizando no país. Por exemplo, a extração de minério de ferro impulsionou o PIB per capita de diversas cidades, enquanto a extração de petróleo e gás elevou a participação de Maricá no PIB da atividade industrial.
### Conclusão
Em resumo, a desconcentração da economia brasileira tem sido evidente nos últimos anos, com grandes cidades perdendo importância no PIB nacional. Essa descentralização econômica pode trazer benefícios, como a redução das desigualdades regionais e o fomento de atividades econômicas em novas localidades. O país está passando por mudanças significativas em sua estrutura econômica, e cabe aos gestores públicos e empresários se adaptarem a esse novo cenário.
*Com informações da Agência Brasil