A antecipação de R$ 30,1 bilhões em precatórios para este ano fez o déficit primário bater recorde para meses de fevereiro. No mês passado, o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou resultado negativo de R$ 58,444 bilhões, o maior déficit desde o início da série histórica, em 1997.
Em relação a fevereiro do ano passado, o déficit subiu 37,7% além da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O resultado veio pior do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 31 bilhões em fevereiro.
Superávit no Início do Ano, mas com Déficit em Fevereiro
Apesar do superávit registrado nos dois primeiros meses do ano, o Governo Central teve um resultado negativo em fevereiro, devido à antecipação de precatórios e aumento de gastos com programas sociais. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece uma meta de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo.
Receitas X Despesas
Na comparação com fevereiro do ano passado, as receitas aumentaram, mas as despesas subiram em um volume maior, devido à antecipação de precatórios, gastos com o Bolsa Família e Previdência Social. As receitas administradas tiveram um incremento significativo, principalmente devido à arrecadação do Cofins e do Imposto de Renda Retido na Fonte. Já as despesas foram impulsionadas pela antecipação de precatórios, aumento dos gastos com programas sociais e pessoal.
Conclusão
O cenário econômico apresentado revela um desafio para o governo em equilibrar as contas e cumprir as metas fiscais estabelecidas. Com a necessidade de antecipação de precatórios e aumento de gastos, é importante monitorar de perto as receitas e despesas para garantir a saúde financeira do país.
*Com informações da Agência Brasil