Corte na taxa Selic é criticado pelo setor produtivo
O recente corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, os juros básicos da economia, foi recebido com críticas pelo setor produtivo. Entidades da indústria e centrais sindicais consideram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) tímida e defendem reduções maiores para impulsionar a atividade econômica.
Entidades da indústria exigem reduções mais agressivas
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou o corte de 0,5 ponto prejudicial à atividade econômica. A entidade afirma que, com a inflação sob controle e dentro do teto da meta para 2023, o Banco Central foi “extremamente conservador”. A CNI defende uma redução mais acelerada na taxa Selic nas próximas reuniões do Copom, alegando que é possível e necessário para aliviar o custo financeiro suportado por empresas e consumidores.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também avalia que já há espaço para cortes mais intensos nas próximas reuniões. A entidade destaca que o atual patamar da taxa de juros limita a capacidade produtiva do país e pede comprometimento com as metas fiscais para consolidar a intensificação na redução da Selic.
Sindicatos pedem redução mais significativa
A Contraf, vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), critica o nível alto das taxas de juros reais no Brasil, afirmando que compromete o desenvolvimento do país. A entidade considera um absurdo o Banco Central manter a Selic neste patamar e solicita que a taxa básica de juros seja reduzida ainda mais.
A Força Sindical também manifestou insatisfação com o corte de 0,5 ponto, classificando-o como branda e pedindo uma aceleração nos cortes nas próximas reuniões. A entidade ressalta que manter os juros em um patamar elevado atrasa a recuperação econômica e defende que menos juros significam mais desenvolvimento.
Com a crítica generalizada por parte do setor produtivo e dos sindicatos, o Copom deve enfrentar pressão para realizar cortes mais significativos na taxa Selic nas próximas reuniões, visando impulsionar a economia do país.
*Com informações da Agência Brasil