Protesto contra o aumento das tarifas de transporte coletivo em São Paulo
Nesta quinta-feira (4), um grupo de pessoas se reuniu na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o aumento no preço das tarifas de transporte coletivo sobre trilhos. O governador Tarcísio de Freitas decretou o aumento, que gerou revolta na população.
O ato ocorreu mesmo sob forte chuva, e os manifestantes decidiram caminhar do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP) até a Praça Roosevelt, no centro da capital. Desde segunda-feira (1º), a população de São Paulo paga mais caro para utilizar o Metrô e os trens metropolitanos, com as passagens subindo de R$ 4,40 para R$ 5. No entanto, o preço das passagens nos ônibus, administrados pela prefeitura, permaneceu em R$ 4,40. Além disso, a prefeitura anunciou a gratuidade para esse tipo de transporte aos domingos.
Insatisfação com a tentativa de privatização
Os manifestantes acreditam que o aumento das tarifas em São Paulo está ligado a uma tentativa de privatização do transporte público. Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), destacou que o ato foi uma manifestação contra o aumento da tarifa e pelo passe livre. Ele enfatizou que a privatização do transporte público é rejeitada, pois o transporte deve ser público e acessível à população.
Para Sofia Rocha, dirigente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo (DCE Livre Alexandre Vannucchi Leme), o ato era uma oportunidade para retomar outras bandeiras, como o passe livre e a tarifa zero para trabalhadores, resgatando pautas de protestos anteriores.
Impacto do aumento para os estudantes
Os manifestantes alertam que o aumento na tarifa de transporte acarreta em problemas como evasão escolar, principalmente para os estudantes mais pobres, para quem o aumento na tarifa é financeiramente mais pesado. Segundo Ferreira, o aumento significativo de R$ 0,60 torna a mobilidade um desafio, impactando diretamente a vida desses estudantes.
Os estudantes acreditam que o aumento das tarifas prejudica a assistência estudantil e dificulta a participação dos mais vulneráveis. A falta de políticas efetivas nesse cenário aumenta a luta pelo passe livre não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não se manifestou sobre o protesto.
*Com informações da Agência Brasil