Taxa de desocupação atinge o menor patamar em mais de quatro anos
A taxa de desocupação, também conhecida como taxa de desemprego, alcançou o menor patamar desde fevereiro de 2015, ficando em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Esse dado representa a proporção de pessoas que procuraram emprego e não conseguiram em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados.
Redução em relação aos trimestres anteriores
A taxa de desocupação apresentou uma queda em relação aos trimestres anteriores, tanto em comparação com o período encerrado em maio deste ano (8,3%), quanto em relação ao trimestre finalizado em agosto de 2022 (8,9%). Esses números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
No total, a população desocupada chegou a 8,4 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 5,9% em relação ao trimestre anterior e de 13,2% em relação ao ano anterior. Esse é o menor contingente desde junho de 2015. Por outro lado, a população ocupada aumentou 1,3% no trimestre, totalizando 99,7 milhões de pessoas, e cresceu 0,6% em relação ao ano passado. O nível de ocupação ficou em 57%, acima do trimestre anterior e estável em relação ao ano passado.
O rendimento real habitual dos trabalhadores foi calculado em R$ 2.947 e manteve-se estável no trimestre, apresentando um crescimento de 4,6% em relação ao ano passado. Além disso, a massa de rendimento real habitual atingiu o valor de R$ 288,9 bilhões, um aumento de 2,4% em comparação com o trimestre anterior e de 5,5% em relação ao ano passado.
Aumento na quantidade de empregados com carteira assinada
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, excluindo os trabalhadores domésticos, alcançou 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015. Em relação ao trimestre anterior, houve um aumento de 1,1%, o que representa um acréscimo de 422 mil pessoas. Na comparação com o ano anterior, o crescimento foi de 3,5%, o equivalente a 1,3 milhão de pessoas.
O total de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,2 milhões, com um crescimento de 2,1% no trimestre e estabilidade em relação ao ano passado. No caso dos trabalhadores domésticos, houve um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior, chegando a 5,9 milhões de pessoas. Em comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2022, no entanto, não houve variação.
A quantidade de trabalhadores por conta própria ficou estável em relação ao trimestre anterior, totalizando 25,4 milhões de pessoas. Em relação ao ano passado, houve uma queda de 2,0%, representando uma redução de 509 mil pessoas. O número de empregadores se manteve estável em ambas as comparações, com um total de 4,2 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade atingiu 39,1% da população ocupada, o que corresponde a 38,9 milhões de trabalhadores informais. Esse valor é maior que o registrado no trimestre anterior, mas inferior ao do mesmo trimestre de 2022.
População subutilizada e fora da força de trabalho
A população subutilizada, ou seja, aquelas pessoas que poderiam trabalhar mais do que trabalham, ficou em 20,2 milhões. Esse número apresentou uma redução de 2,2% no trimestre e de 15,5% em relação ao ano anterior.
A população fora da força de trabalho, que são pessoas com mais de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, alcançou 66,8 milhões. Houve uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior, representando a diminuição de 347 mil pessoas. Na comparação com o ano passado, porém, houve um aumento de 3,4%, com um acréscimo de 2,2 milhões de pessoas.
A população desalentada, que são aquelas pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por diversos motivos, totalizou 3,6 milhões. Esse número se manteve estável em relação ao trimestre anterior e apresentou uma queda de 16,2% em relação ao ano passado. Essa é a menor quantidade de desalentados desde setembro de 2016.
Esses dados indicam uma melhora no cenário do emprego no Brasil, com a redução do desemprego e o aumento da formalização do trabalho com carteira assinada. No entanto, é importante continuar monitorando esses indicadores para avaliar a sustentabilidade dessa tendência.
*Com informações da Agência Brasil