Queda no volume de serviços em outubro de 2021
O volume de serviços no Brasil sofreu uma queda de 0,6% em outubro de 2021 em comparação com o mês anterior. Esse é o terceiro mês consecutivo de queda, totalizando uma perda de 2,3% nos últimos três meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (13).
Desempenho do setor de serviços
Em comparação a outubro de 2020, houve também uma queda de 0,4% no volume de serviços. No entanto, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o setor de serviços apresenta um crescimento de 3,1% e 3,6%, respectivamente. Apesar da recuperação em relação ao período pré-pandemia, os serviços ainda estão 10,2% acima do nível de fevereiro de 2020, mas 3,2% abaixo do recorde registrado em dezembro do ano passado.
Impactos nos segmentos de transportes e serviços prestados às famílias
A redução no volume de serviços foi impulsionada pela queda nos segmentos de transportes (-2%) e nos serviços prestados às famílias (-2,1%). No setor de transportes, a retração foi devida à diminuição do transporte rodoviário de cargas, reflexo da expectativa menor para a próxima safra e da queda na produção industrial.
Já a queda nos serviços prestados às famílias foi influenciada pela queda na atividade de espetáculos, já que setembro havia sido impulsionado por um grande festival em São Paulo.
Setores em alta
Por outro lado, dois segmentos do setor de serviços apresentaram crescimento em outubro: profissionais, administrativos e complementares (1%) e informação e comunicação (0,3%). Os outros serviços ficaram estáveis.
Receita nominal e perspectivas
Quanto à receita nominal, houve uma queda de 0,1% nos serviços em outubro, mas um crescimento de 3,9% em comparação a outubro de 2020. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, a receita teve crescimentos de 6,9% e 7,8%, respectivamente.
Os dados refletem um cenário de recuperação gradual do setor de serviços, com impactos variados nos diferentes segmentos. O desempenho futuro dependerá da evolução da pandemia, das políticas de contenção e retomada econômica, e das condições de consumo e produção no país.
*Com informações da Agência Brasil