IGP-M fecha 2023 com queda de 3,18%
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), encerrou o ano de 2023 com uma queda de 3,18%. Este é o menor valor registrado na série histórica do índice. Em dezembro, o IGP-M ficou em 0,74%, de acordo com os dados divulgados pela FGV.
Significado do IGP-M
O IGP-M é popularmente conhecido como inflação do aluguel, pois é comumente utilizado para o cálculo dos reajustes anuais de aluguel.
Variação ao longo dos anos
O resultado de 2023 representa uma mudança significativa em relação aos anos anteriores, já que em 2020 o índice fechou em 23,14% e em 2021 em 17,78%. O ano passado já havia demonstrado uma desaceleração, com a inflação chegando a 5,45%.
Composição do IGP-M
O IGP-M é calculado a partir de três grupos de preços: para o produtor, para o consumidor e para a construção civil. A maior influência, no entanto, vem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registrou uma queda de 5% – a menor taxa da série histórica. Os principais fatores que contribuíram para a deflação foram a soja (-21,92%), o milho (-30,02%) e o óleo diesel (-16,57%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que impacta diretamente as famílias, cresceu 3,4% em 2023. Os principais itens que influenciaram essa variação foram a gasolina (11,08%), o plano de saúde (10,36%) e o aluguel residencial (7,15%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) encerrou o ano com uma alta de 3,32%.
Impacto nos contratos de aluguel
Apesar de ser conhecido como inflação do aluguel, o IGP-M negativo não garante que os contratos de aluguel serão reajustados para baixo. Alguns contratos incluem a expressão “reajuste conforme variação positiva do IGP-M”, o que significa que o reajuste só ocorre se o índice for positivo.
*Com informações da Agência Brasil