Análise mostra desigualdade na distribuição da renda e riqueza no Brasil
O Ministério da Fazenda divulgou um relatório que revela a desigualdade na distribuição da renda e da riqueza da população brasileira, com base nos dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2021 e 2022.
Concentração de renda
Segundo o estudo, 10% dos declarantes de Imposto de Renda concentram mais da metade da renda total do país, enquanto a metade das pessoas que declararam o imposto têm uma menor renda e concentram apenas 14% do total de ganhos. Em 2022, cerca de 38,4 milhões de contribuintes apresentaram declaração do Imposto de Renda, correspondendo a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil.
Obrigatoriedade da declaração
A declaração do IRPF é obrigatória para todas as pessoas residentes no Brasil que tenham recebido rendimentos tributáveis, receita bruta da atividade rural, rendimentos não tributados ou tributados na fonte, além de quem possui bens e direitos de valor superior a R$ 300 mil e realizou operações em bolsa de valores.
Concentração de riqueza
Em relação à riqueza, os 10% mais ricos concentram mais da metade da riqueza nacional, com a maior isenção de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, que chega a 35% do total. As despesas dedutíveis se concentram em despesas médicas e da Previdência Social.
Desigualdades regionais e de gênero
O relatório também revela desigualdades regionais, com o Distrito Federal tendo a maior renda média do país, enquanto o Maranhão possui a menor renda média. Além disso, a desigualdade de gênero na concentração da renda também é evidente, com uma maioria de homens declarando renda em comparação às mulheres.
Os dados mostram a necessidade de políticas públicas que reduzam as disparidades econômicas e sociais no país, visando a equidade na distribuição de renda e riqueza.
*Com informações da Agência Brasil