Previsão de crescimento da economia brasileira em 2023
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 foi ajustada e está em alta. De acordo com o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a estimativa subiu de 2,26% para 2,29%. Esse indicador é um dos principais utilizados para medir o desempenho econômico do país.
Expectativas para 2024 e anos seguintes
Para o próximo ano, as projeções continuam otimistas, com uma expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,3%. Já para os anos de 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão de 1,9% e 2%, respectivamente.
Estabilidade da inflação
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi mantida estável em 4,84% para este ano. Para 2024, a estimativa passou de 3,88% para 3,86%. Para os anos seguintes, 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para ambos.
Embora a estimativa para este ano esteja acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o Banco Central alerta que a chance de a inflação oficial superar esse teto em 2023 é de 61%.
A projeção para 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro da margem de tolerância estabelecida.
Taxa de juros e controle da inflação
Para controlar a inflação e buscar o cumprimento das metas estipuladas, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, ela está em 13,25% ao ano, mas passou recentemente por um ciclo de redução devido à queda da inflação.
A previsão do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano de 2023 em 11,75%. Já para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para os anos de 2025 e 2026, a projeção é de que a Selic seja de 8,5% ao ano.
Quando o Banco Central aumenta a taxa básica de juros, a intenção é desacelerar a demanda e controlar os preços. Isso ocorre porque juros mais altos encarecem o crédito, estimulando a poupança e reduzindo o consumo. No entanto, é importante lembrar que outros fatores também influenciam a definição dos juros cobrados pelos bancos, como o risco de inadimplência, lucratividade e despesas administrativas.
Por outro lado, quando a taxa Selic é diminuída, espera-se que o crédito fique mais acessível, incentivando a produção e o consumo. Isso pode estimular a atividade econômica, mas também requer cuidados para evitar pressões inflacionárias.
Expectativa para a cotação do dólar
Por fim, o mercado financeiro estima que a cotação do dólar encerre este ano em R$ 4,93. Já para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5.
Essas estimativas são importantes para orientar investidores e empresários na tomada de decisões, bem como para embasar políticas econômicas e medidas de controle inflacionário do governo. No entanto, é preciso lembrar que as projeções podem sofrer alterações ao longo do tempo, de acordo com a conjuntura econômica e eventuais mudanças nas políticas monetárias e fiscais.
*Com informações da Agência Brasil