A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, teve uma redução de 3,8% para 3,76% este ano. Essa estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta terça-feira (15) pelo Banco Central, que acompanha semanalmente as expectativas das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.
Para os próximos anos, a projeção da inflação permanece estável, com 3,51% em 2025 e 3,5% tanto em 2026 quanto em 2027.
Metas de Inflação e Comportamento dos Preços
A estimativa para 2024 encontra-se dentro da faixa da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Desse modo, espera-se que a inflação fique entre 1,5% e 4,5%. As metas para 2025 e 2026 seguem o mesmo padrão de 3% com a mesma margem de tolerância.
No mês de janeiro, a inflação do país foi de 0,42%, influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo dos últimos 12 meses, o IPCA acumulou uma alta de 4,51%.
Taxa Selic e Política Monetária
Para cumprir as metas de inflação, o Banco Central utiliza como principal ferramenta a taxa básica de juros, conhecida como Selic, que está atualmente em 11,25% ao ano. O Copom já reduziu os juros por cinco vezes consecutivas, sinalizando que os cortes de 0,5 ponto percentual devem continuar nas próximas reuniões. A segunda reunião do ano está marcada para os dias 19 e 20 de março.
O Copom ressaltou que a manutenção da política monetária contracionista é essencial para o processo de desinflação e que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico de longo prazo.
Segundo as projeções do mercado financeiro, a taxa Selic deve encerrar o ano de 2024 em 9%, com expectativa de queda para 8,5% em 2025 e manutenção desse patamar em 2026 e 2027.
Crescimento do PIB e Câmbio
As instituições financeiras aumentaram sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2024, agora estimado em 1,77%. Para os próximos anos, a expectativa é de crescimento de 2% tanto em 2025, 2026 e 2027.
No ano passado, a economia brasileira cresceu 2,9%, impulsionada pelo setor agropecuário, com um aumento recorde de 15,1%. Em 2023, a indústria e os serviços também apresentaram crescimento.
Em relação ao dólar, a previsão é que a cotação feche o ano de 2024 em R$ 4,93, com uma estimativa de R$ 5 para o final de 2025.
*Com informações da Agência Brasil