Refinaria de Petróleo Riograndense processa 100% de óleo de soja
A Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), que pertence à Petrobras, conseguiu processar 100% de óleo de soja em uma unidade de refino industrial pela primeira vez. A tecnologia por trás disso é do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (Cenpes) da estatal, representando um marco na produção de produtos petroquímicos totalmente renováveis.
Produtos renováveis e sustentáveis
A refinaria, localizada na cidade de Rio Grande (RS), tem como objetivo produzir insumos petroquímicos e combustíveis renováveis como GLP, combustíveis marítimos, propeno e bioaromáticos (BTX – benzeno, tolueno e xileno), utilizados em diversas indústrias. Além disso, os produtos atendem aos níveis exigidos para formular gasolinas de desempenho alto, sem enxofre.
Compromisso com a transição energética
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou que a empresa está comprometida com a transição energética. Ele destacou que a inovação em produzir derivados típicos de petróleo a partir de óleo vegetal é um passo significativo nesse processo.
“Estamos fazendo derivados típicos de petróleo a partir de óleo vegetal. É inovação e transição energética combinadas em benefício do Brasil. É a Petrobras voltando a liderar grandes processos de transformação técnica, econômica e social, com repercussão global”, disse Prates.
Planejando o futuro sem prejudicar o presente
O diretor-superintendente da RPR, Felipe Jorge, frisou a importância de planejar o futuro sem prejudicar o abastecimento atual. Ele enfatizou que a tecnologia da Petrobras licenciada para a Riograndense permitirá a produção de renováveis sem afetar o mercado atual de produtos e combustíveis.
Tecnologia do biorrefino
Os testes na área do biorrefino começaram a partir de um acordo de cooperação entre as empresas que possuem participação acionária na RPR: Petrobras, Braskem e Ultra. O primeiro teste industrial, utilizando 100% de óleo de soja, foi realizado com sucesso, mostrando a viabilidade da operação.
O próximo teste, agendado para 2024, envolverá a coprocessamento de uma carga mineral com bio-óleo, resultando na produção de propeno, gasolina e diesel, todos com conteúdo renovável. A Petrobras está investindo R$ 45 milhões para desenvolver o processamento de carga renovável na refinaria.
*Com informações da Agência Brasil