Setor de serviços registra alta de 4,7% no primeiro semestre de 2023
O setor de serviços no Brasil encerrou o primeiro semestre de 2023 com uma alta de 4,7% em sua atividade econômica, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10). A recuperação parcial dos serviços profissionais, administrativos e complementares impulsionou a alta de 0,2% na passagem de maio para junho.
Recuperação impulsiona atividade econômica do setor
O volume de serviços prestados no país atingiu em junho um patamar 12,1% maior do que o registrado em fevereiro de 2020, período pré-pandemia da covid-19. No entanto, o montante ainda está 1,5% abaixo do ápice alcançado em dezembro do mesmo ano.
O aumento no volume de serviços ocorreu em 16 unidades da Federação, sendo que São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Minas Gerais foram as que mais influenciaram positivamente o indicador nacional, com crescimentos de 0,3%, 1,9%, 2,9% e 0,9%, respectivamente. Já o Rio de Janeiro foi responsável pela principal contribuição negativa, com queda de 2,4%.
Em comparação com junho do ano anterior, houve um crescimento de 4,1%, o que marca a 28ª taxa positiva consecutiva nesse indicador.
Segmentos impulsionam o crescimento
O aumento no volume de serviços contou com a contribuição de setores como atividades jurídicas, administração de cartões de desconto e programas de fidelidade, e engenharia. Essas empresas fizeram com que os serviços profissionais, administrativos e complementares interrompessem a queda registrada nos meses de maio e abril.
Os serviços prestados às famílias também apresentaram ganho, acumulando um aumento de 4,1% nos últimos três meses, sendo 1,9% apenas em junho. O crescimento da receita de empresas de restaurantes, espetáculos teatrais e musicais é apontado pelo IBGE como um dos fatores para esse desempenho.
Dois dos cinco segmentos investigados pela pesquisa tiveram crescimento em junho, sendo o setor de serviços de informação e comunicação o terceiro a apresentar essa tendência positiva. Por outro lado, as atividades de transportes e outros serviços registraram uma queda de 0,3% após um aumento de 2,2% em maio. Os segmentos de gestão de portos e terminais, transporte aéreo de passageiros, transporte rodoviário coletivo de passageiros e transporte por navegação interior de carga foram os principais responsáveis por essa variação negativa.
A pesquisa também revelou que o índice de atividades turísticas teve uma variação de -0,4% de maio para junho, mas registrou um aumento de 4,3% no primeiro semestre. O IBGE destaca que o volume de serviços no turismo ainda se encontra 4,9% acima do patamar pré-pandemia, mas está 2,6% abaixo do ponto mais alto alcançado em fevereiro de 2014.
*Com informações da Agência Brasil