Contas públicas fecham com saldo positivo em outubro, mas com redução
No mês de outubro, as contas públicas do Brasil fecharam com superávit primário de R$ 14,798 bilhões, representando uma redução de 45,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição se deve ao aumento de gastos do Governo Central em ritmo superior ao crescimento das receitas. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (6).
Esferas de governo
O Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) teve um superávit primário de R$ 19,456 bilhões em outubro, contra R$ 30,244 bilhões registrados no mesmo período de 2022. A redução é resultado do aumento maior de despesas ante a arrecadação. Já os governos estaduais e municipais tiveram déficit, com queda nas transferências da União explicando a piora nos números. As empresas estatais também registraram déficit primário no mês de outubro.
Despesas com juros
Os gastos com juros ficaram em R$ 61,947 bilhões em outubro deste ano, contra R$ 41,569 bilhões em outubro de 2022. Nesse resultado, temos os efeitos das operações do Banco Central no mercado de câmbio (swap cambial), que contribuíram para a piora da conta de juros na comparação anual. A queda da inflação ajuda a reduzir os juros, mas o aumento do estoque da dívida e o efeito da taxa básica de juros, a Selic, em alta no período, também influenciaram o resultado.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público chegou a R$ 6,351 trilhões em outubro, correspondendo a 60% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral alcançou R$ 7,913 trilhões ou 74,7% do PIB, com aumento em relação ao mês anterior. Ambos os indicadores são levados em conta por agências de classificação de risco ao analisar o endividamento do país.
Em resumo, os resultados indicam desafios para o equilíbrio das contas públicas, que podem ter impacto na economia e nos investimentos no país.
*Com informações da Agência Brasil