A inflação fecha 2023 com alta acumulada de 4,62%
A inflação do país fechou o ano de 2023 em 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alimentação e Bebidas
No mês de dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pela pesquisa registraram alta. A maior veio de alimentação e bebidas (1,11%), que exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). Com o aumento nos preços de produtos como batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas, a alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o leite longa vida teve redução de preço pelo sétimo mês seguido.
Impacto Climático
O gerente do IPCA, André Almeida, explicou que o aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos produtos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas. Já a alta do feijão tem relação com a redução da área plantada, clima adverso e aumento do custo de fertilizantes.
Transportes
No grupo dos transportes (0,48%), as passagens aéreas continuaram subindo e representaram o maior impacto individual sobre a inflação do país. Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados tiveram deflação, com destaque para a gasolina que teve queda pelo terceiro mês consecutivo.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano. Os produtos alimentícios aceleraram, assim como os não alimentícios que também registraram variações maiores em dezembro.
Com a divulgação desses dados, é importante que os consumidores estejam atentos aos impactos dessas variações nos preços, buscando formas de se adaptar a esse cenário econômico.
*Com informações da Agência Brasil