A taxa de desocupação no Brasil atingiu o menor valor desde 2014, registrando 8% no trimestre encerrado em junho. Isso representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda de 1,3 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2022. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
Redução da taxa de desocupação
Segundo o IBGE, no segundo trimestre de 2023, aproximadamente 8,6 milhões de pessoas estavam desempregadas no país. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas foi de 98,9 milhões, representando um aumento de 1,1% em comparação trimestral e de 0,7% em comparação anual.
De acordo com a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o recuo na taxa de desocupação nesse trimestre indica uma recuperação sazonal desse indicador. Além disso, foi observada uma expansão no número de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Informalidade e setor público
A pesquisa também revelou que o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 2,4% em comparação trimestral. Já a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor ficou estável, totalizando 36,8 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade no segundo trimestre foi de 39,2%, apresentando um aumento em relação ao primeiro trimestre (39%) e ao mesmo período de 2022 (40%). Adriana Beringuy destacou que o crescimento da ocupação está relacionado ao emprego sem carteira assinada.
Por sua vez, o número de empregados no setor público cresceu 3,8% em comparação trimestral e 3,1% em comparação anual, totalizando 12,2 milhões de pessoas.
Subutilização e desalento
A taxa de subutilização, que engloba pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial, apresentou uma queda de 1 ponto percentual no trimestre e de 3,4 pontos percentuais em comparação ao ano anterior, chegando a 17,8%. O total de pessoas subutilizadas foi de 20,4 milhões, uma redução de 5,7% em relação ao trimestre anterior e de 17,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022.
O número de pessoas desalentadas também diminuiu, ficando em 3,7 milhões. Essa queda representa uma redução de 5,1% em comparação trimestral e de 13,9% em comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho caiu 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,5 ponto percentual no ano.
Rendimento e massa salarial
Em relação aos rendimentos, o rendimento real habitual se manteve estável em relação ao trimestre anterior, enquanto houve um aumento de 6,2% em comparação ao ano anterior. A massa de rendimento real habitual também se manteve estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um aumento de 7,2% em comparação ao mesmo trimestre de 2022.
Em suma, os dados da PNAD Contínua mostram uma redução na taxa de desocupação, um aumento no número de trabalhadores no setor público e um crescimento na informalidade. Além disso, foi observada uma queda na subutilização e no desalento, indicando uma melhora no mercado de trabalho brasileiro.
Com informações da Agência Brasil