A desigualdade de gênero e raça ainda é evidente no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego das mulheres foi de 9,2% no último trimestre de 2023, acima da média nacional de 7,4%. Os homens, por sua vez, registraram uma taxa de desemprego de 6%.
Desigualdade de Gênero e Raça
A diferença entre a taxa de desemprego de mulheres e homens aumentou, mostrando que o desemprego das mulheres é 53,3% maior que o dos homens. Além disso, a população branca apresentou uma taxa de desemprego de 5,9%, enquanto a taxa de pretos (8,9%) e pardos (8,5%) superou a média nacional.
Escolaridade
A pesquisa revela que a escolaridade também influencia a empregabilidade. O grupo de pessoas com ensino médio incompleto apresentou a pior taxa de desemprego, com 13%. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,6%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo, que registrou 3,6%.
Estados
Em relação aos estados brasileiros, a pesquisa revela que 26 das 27 unidades da federação tiveram queda no índice de desemprego ao longo de 2023. As maiores taxas de desocupação anual estavam em Pernambuco, Bahia e Amapá, enquanto as menores ficaram com Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina.
Informalidade e Trabalho Formal
A taxa anual de informalidade no trabalho passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023, com variações significativas entre os estados. Além disso, o percentual de empregados com carteira assinada era de 73,7% no setor privado, com diferenças marcantes entre os estados.
Métodos de Pesquisa
A pesquisa abrange 211 domicílios em 3.464 municípios em todo o Brasil, coletando dados sobre emprego e desemprego. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa.
Esses dados refletem a importância de considerar a desigualdade de gênero, raça e escolaridade ao analisar o mercado de trabalho brasileiro, visando implementar políticas e ações que possam reduzir essas disparidades.
*Com informações da Agência Brasil