Um novo relatório da Anistia Internacional – uma organização que defende os direitos humanos, com mais de 7 milhões de membros e apoiadores em todo o mundo – considerou as barreiras de acesso ao aborto na Irlanda do Norte como uma “violação dos direitos humanos”.
O Christian Action Research and Education (CARE), uma organização cristã britânica, contestou o relatório e declarou que “o aborto não é um direito humano”.
Segundo o guiame, a polêmica começou em 2019, quando o Parlamento do Reino Unido, em Westminster, aprovou uma lei que descriminaliza o aborto na Irlanda do Norte.
‘Promoção ao aborto’
A Anistia Internacional denuncia a situação do aborto na Irlanda do Norte como um ‘direito teórico, não uma realidade prática’. Eles apontam obstáculos como serviços limitados, falta de recursos e pessoal, além de recusas baseadas na consciência. Defendendo o acesso ao aborto como um direito humano, a organização exige do governo um ambiente favorável para essa assistência, destacando que negar esse acesso viola os direitos das pessoas grávidas na região.
‘A vida importa’
Louise Davies, diretora de defesa e política da CARE, afirmou: “A descrição da Anistia sobre o aborto como um ‘direito humano’ é algo incorreto e não tem base em tratados internacionais”.
Para Louise, isso é profundamente ofensivo para muitas pessoas na Irlanda do Norte. “O principal direito que um ser humano deve ter é o direito à vida. Não se deve esquecer que o atual regime de aborto foi imposto de forma antidemocrática”, reforçou.
Além disso, a defensora pró-vida disse que o relatório da Anistia desafia o direito de grupos pró-vida bem estabelecidos e respeitados de capacitar as mulheres a fazerem uma escolha diferente.
“Boa parte das pessoas na Irlanda do Norte acredita que, em cada gravidez, ambas as vidas são importantes”, concluiu.