Ministro brasileiro defende ação da ONU diante da crise no Oriente Médio
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, destacou a importância da atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) diante da crise em curso no Oriente Médio. Em reunião do Conselho de Segurança em Nova York, Mauro Vieira ressaltou que a reputação da ONU depende da forma como lida com essa crise.
A escalada do conflito Israel-Hamas
O encontro do Conselho de Segurança discutiu a escalada do conflito entre Israel e o grupo Hamas, que teve início no último dia 7 de outubro. O ataque do grupo Hamas contra Israel gerou tensões na região. O Brasil, na condição de presidente do Conselho, apresentou uma proposta de resolução que acabou sendo vetada pelos Estados Unidos.
A importância da diplomacia e do diálogo
Mauro Vieira enfatizou que a diplomacia e o diálogo são essenciais no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. O chanceler brasileiro ressaltou o papel crucial que a entidade possui na resposta imediata às crises humanitárias e de reféns.
A frustração do Conselho de Segurança
O ministro brasileiro relembrou que desde 2016 o Conselho de Segurança não consegue aprovar uma resolução referente ao conflito Israel-Hamas. Estratégias de obstrução têm impedido a tomada de decisões importantes sobre a paz e segurança internacionais. Mauro Vieira lamentou que a situação no Oriente Médio seja uma das questões mais frustradas no Conselho de Segurança.
Posicionamento do Brasil
O representante brasileiro na ONU reforçou que o Brasil condena os atos de terrorismo contra civis em Israel e pediu pela libertação imediata e incondicional dos reféns civis. Ao mesmo tempo, Mauro Vieira ressaltou a inaceitabilidade da escalada de violência em Gaza, mencionando a destruição de habitações civis e o sofrimento da população.
Apelo à adesão ao direito internacional
Mauro Vieira fez um apelo pela adesão estrita ao direito internacional e defendeu a solução de dois Estados na região. O chanceler brasileiro ressaltou que a manutenção da ocupação da Cisjordânia é ilegal e prejudica as perspectivas de paz. Além disso, destacou a importância de Israel parar todas as atividades de colonização nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, e condenou a diferença de tratamento entre colonos e habitantes locais.
Em suma, o ministro das Relações Exteriores do Brasil enfatizou a importância da atuação da ONU diante da crise no Oriente Médio e defendeu uma abordagem diplomática e de diálogo. Além disso, posicionou-se sobre o conflito Israel-Hamas e a necessidade de resoluções no Conselho de Segurança. Mauro Vieira também condenou atos de terrorismo e fez um apelo pela adesão ao direito internacional e pela solução de dois Estados na região.
*Com informações da Agência Brasil