Diplomacia brasileira busca solução para o conflito no Oriente Médio na ONU
A diplomacia brasileira está empenhada em encontrar uma solução para o conflito no Oriente Médio por meio de uma nova proposta de resolução a ser analisada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Após a rejeição de quatro propostas anteriores, a nova resolução busca contemplar as posições de todos os membros do Conselho, visando a conquista de um consenso.
O objetivo da nova proposta
O chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou que a nova resolução busca coletar os pontos positivos das propostas anteriores que foram vetadas e acrescentar outros aspectos que possam atender às necessidades de todos os atores envolvidos. É defendido pelo ministro das Relações Exteriores que a resolução contemple todas as exigências dos 15 membros do Conselho.
Pedidos na nova resolução
O ministro Vieira afirmou que a nova resolução deve abranger diversos pedidos, desde assistência humanitária e cessação de hostilidades até a libertação de reféns e entrada de assistência humanitária e produtos básicos. Além disso, é enfatizada a importância de permitir a saída de nacionais de terceiros estados, como é o caso dos brasileiros.
Direito de autodefesa de Israel
Quanto ao direito de autodefesa de Israel, exigido pelos Estados Unidos, Mauro Vieira ressalta a necessidade de que esse direito seja exercido dentro do direito internacional. O ministro ressalta a relevância do direito internacional em toda a questão.
Críticas a Israel
Israel tem sido alvo de críticas por suas ações militares na Faixa de Gaza. O próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a falta de respeito do país pelo direito humanitário internacional em seu discurso no Conselho de Segurança da ONU. As críticas feitas a Israel reforçam a importância de se alcançar uma resolução para a situação atual.
Vetos e abstenção
A proposta dos Estados Unidos foi vetada pela China e pela Rússia, membros permanentes do Conselho. Já a proposta da Rússia foi vetada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. As principais diferenças entre as propostas estão relacionadas ao direito de autodefesa de Israel e a um cessar-fogo imediato.
O Brasil se absteve de votar nas duas propostas para manter sua neutralidade. Segundo o ministro Vieira, não havia necessidade de votar a favor ou contra, pois as propostas já haviam sido vetadas. A abstenção foi uma forma de manter o diálogo com todos os envolvidos e continuar as negociações.
O papel do Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da ONU é responsável por zelar pela paz internacional e é composto por cinco membros permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e outros dez membros rotativos. Para aprovação de uma resolução, é necessário o apoio de nove dos 15 membros, sendo que os membros permanentes não podem vetar o texto.
O Brasil, que atualmente preside o Conselho, busca contribuir para a resolução dessa grave situação no Oriente Médio. O importante é que se chegue a um consenso e seja tomada alguma medida durante o período da presidência brasileira no Conselho de Segurança da ONU.
*Com informações da Agência Brasil