O desafio dos brasileiros presos na Faixa de Gaza
No total, 32 brasileiros estão presos na Faixa de Gaza, aguardando autorização para deixar a região em meio ao conflito que assola a região. Para suprir suas necessidades básicas, o governo brasileiro transferiu recursos financeiros para a compra de alimentos, água e materiais de primeira necessidade. Esses recursos foram enviados por meio do Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.
Uma situação perigosa
Hasan Rabee, um brasileiro de 30 anos que está em Gaza junto com sua esposa e suas duas filhas, presenciou o perigo de perto enquanto fazia compras na cidade de Khan Yunis. Uma bomba caiu próxima ao mercado onde ele estava, reforçando a urgência de se resolver a situação do conflito. Hasan relata a dificuldade de deixar a casa e a insegurança que sentem ao se arriscarem nas ruas.
A falta de recursos básicos
Hasan também evidencia a escassez de recursos básicos, como água mineral e gás de cozinha. Ele conta que não consegue encontrar água potável para comprar e que frutas são extremamente difíceis de encontrar. Sua família está há três dias sem gás de cozinha e eles têm se virado com alimentos enlatados. Além disso, a falta de energia para filtrar a água encanada tem sido um desafio, deixando-os limitados na utilização desse recurso essencial.
Esforços para suprir as necessidades
Para ajudar os brasileiros que estão em Rafah, outra cidade da região, a brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, relata que eles conseguiram realizar compras de alimentos e produtos básicos, como farinha, óleo, verduras e queijos. No entanto, a situação se agrava porque a falta de energia impede o armazenamento de alimentos perecíveis.
Entidades de ajuda humanitária que atuam na Faixa de Gaza têm alertado para a insuficiência dos recursos que estão entrando no local. A quantidade de mantimentos que chega na região não é capaz de suprir as necessidades da população. Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU, os caminhões com ajuda humanitária que chegam a Gaza diariamente representam apenas 4% do volume médio de mercadorias que entravam na região antes do início do conflito.
*Com informações da Agência Brasil