Cidades de Rafah e Khan Yunis registram maior número de mortes em bombardeios em Gaza
Segundo o último boletim publicado pelo Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha), as cidades de Rafah e Khan Yunis, ao Sul da Faixa de Gaza, foram as mais afetadas pelos bombardeios de Israel nas últimas 24 horas. O relatório aponta que houve um alto número de mortes nessas regiões.
Divisão dos brasileiros monitorados pelo governo
Entre o grupo de 32 pessoas monitorado pelo governo brasileiro na Faixa de Gaza, 8 crianças, 4 mulheres e 4 homens estão localizados em Rafah, enquanto 9 crianças, 5 mulheres e 2 homens estão em Khan Yunis. Apesar das forças israelenses terem ordenado a saída dos moradores do Norte de Gaza, o sul também continua sendo alvo de intensos bombardeios.
Ataques aéreos nas cidades de Khan Yunis e Rafah
De acordo com o boletim da ONU, os ataques aéreos contra estruturas residenciais em Khan Yunis resultaram em 40 mortes, ocorridas em dois ataques separados. Já em Rafah, 12 mortes foram relatadas, incluindo cinco crianças. Além disso, há operações de busca e resgate em andamento para encontrar dezenas de pessoas que permanecem desaparecidas sob os escombros.
Relatos de brasileiros sobre o bombardeio
A Representação do Brasil em Ramala informou que os brasileiros relataram um intenso bombardeio na última noite, acompanhado pelo uso de um produto que afeta a respiração, que se assemelha a gás lacrimogêneo.
Um palestino naturalizado brasileiro, Hasan Rabee, presenciou novos bombardeios próximos à residência onde ele e sua família estão abrigados. Eles estão esperando autorização para deixar a Faixa de Gaza há 20 dias. Hasan relata o cenário de conflito, com ataques diretos, falta de água, energia, gás para cozinhar e pão.
Número de mortos e desaparecidos
De acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, pelo menos 7.326 palestinos, incluindo 3.038 crianças, foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro. A Ocha informa que cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo 900 crianças, estão desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, aguardando resgate ou recuperação.
Situação do abastecimento de água
O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários destaca que houve uma melhora temporária no abastecimento de água pela segunda vez consecutiva. Isso se deve ao fornecimento adicional de 25 mil litros de combustível pelas agências UNRWA e Unicef. No entanto, se não houver a disponibilização de mais combustível, as operações serão interrompidas novamente em breve.
Além disso, após o abastecimento de água por Israel ter diminuído, o fornecimento foi retomado ao nível anterior em Khan Yunis. Isso contribuiu para a disponibilidade de água canalizada em algumas residências. No entanto, duas centrais de dessalinização continuam operando com apenas 30% de sua capacidade total.
*Com informações da Agência Brasil