Conflito entre Israel e Hamas: A escalada da violência sem precedentes
O mundo tem acompanhado, há 15 dias, a escalada da violência na guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio. Esse conflito teve início com o mais grave ataque já promovido pelo grupo Hamas contra os israelenses, no dia 7 de outubro. As ações, sem precedentes na história, foram realizadas por meio do mar, ar e terra, envolvendo ataques ao público que participava de um festival de música, invasão de comunidades israelenses e sequestro de reféns, deixando centenas de civis israelenses mortos e feridos. Em retaliação, Israel desencadeou uma forte operação de bombardeios à Faixa de Gaza, área com população majoritariamente palestina e controlada pelo Hamas.
Como foi o 7 de outubro
No dia 7 de outubro, um sábado, às 6h30 no horário local, o Hamas disparou foguetes a partir da Faixa de Gaza para atingir cidades israelenses. Segundo informações de agências internacionais, o Hamas informou ter lançado 5 mil foguetes. O líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, em aparição pública, afirmou que a “Operação Tempestade Al-Aqsa”, iniciada no dia 7, tinha como propósito “acabar com a última ocupação na Terra” e era uma resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos de Gaza que já dura mais de uma década.
Por terra, homens armados se infiltraram no território israelense rompendo a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel. Sirenes de alerta foram acionadas nas regiões sul e central de Israel, além de Jerusalém. Imagens mostravam áreas residenciais atingidas em Tel Aviv, Kfar Aviv e Rehovot. Um dos primeiros alvos do ataque surpresa foi um festival de música ao ar livre, que ocorria perto da Faixa de Gaza. Estima-se que 260 pessoas morreram no local, incluindo três brasileiros. Outro alvo do Hamas foram os kibutzim, comunidades israelenses basicamente agrícolas e geridas de forma coletiva, que tiveram papel importante na construção do Estado de Israel.
Ofensiva israelense
Diante desse ataque, Israel acionou as forças de segurança e declarou guerra, dando início à operação “Espadas de Ferro”, com bombardeios à Faixa de Gaza, onde ficam as bases do Hamas. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em mensagem ao povo israelense, afirmou que o grupo “pagará preço sem precedentes” e prometeu exterminar o Hamas.
Estimativas de Israel apontam para a morte de 1.400 israelenses, principalmente civis, no ataque de 7 de outubro. Cerca de 200 pessoas, incluindo crianças e idosos, são mantidas como reféns em Gaza. O governo ainda busca de 100 a 200 israelenses desaparecidos e corpos de mortos no ataque. A ofensiva israelense tem sido alvo de divergências na comunidade internacional, que pede garantia de proteção dos civis em Gaza, atingidos pelo conflito e ataques aéreos.
Com informações das agências Reuters, Lusa e RTP.
*Com informações da Agência Brasil