UNRWA reporta ataques a instalações e morte de funcionários em Gaza
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) divulgou um relatório alarmante sobre os recentes ataques à Faixa de Gaza. Segundo o relatório, desde o início dos bombardeios israelenses, 24 instalações da agência foram atingidas e 14 membros de sua equipe foram mortos.
Aumento de vítimas e ataques contra escolas
Embora os números já sejam preocupantes, a UNRWA acredita que o número de vítimas seja ainda maior do que o registrado. Um recente ataque a uma escola no campo de refugiados palestinos de Al-Maghazi resultou na morte de pelo menos seis pessoas e deixou outras feridas. A escola abrigava cerca de 4 mil pessoas no momento do ataque.
O desrespeito às vidas civis
A UNRWA se manifestou sobre os ataques, destacando o desrespeito flagrante pelas vidas civis. A agência ressaltou que nenhum local em Gaza é seguro, nem mesmo suas instalações. A situação é considerada uma catástrofe sem precedentes, com mais de 1 milhão de pessoas forçadas a deixarem suas casas em apenas uma semana.
Terrorismo de Estado
O coordenador do Observatório Saúde e Migração da Universidade Federal de São Carlos, Alexandre Branco Pereira, enfatizou que os ataques a instalações da ONU em Gaza são recorrentes. Pereira categorizou as ações de Israel como terrorismo de Estado, visando deixar as pessoas inseguras e desnorteadas. Ele também mencionou casos em que Israel indicou rotas seguras para que as pessoas se deslocassem e, posteriormente, bombardeou essas mesmas rotas, causando mais mortes.
Situação crítica no sul de Gaza
No relatório divulgado pela UNRWA, é destacada a grave situação no sul de Gaza, onde os ataques israelenses ocorrem mesmo após Israel orientar os civis a se deslocarem para essa região. A falta de água e a possibilidade iminente de falta de suprimentos nos hospitais são pontos de extrema preocupação. Os estoques de medicamentos da UNRWA estão previstos para acabar no próximo mês, podendo se esgotar antes mesmo disso em algumas clínicas.
*Com informações da Agência Brasil