Após o incidente em 7 de outubro de 2024, no qual Israel declarou guerra ao Hamas em resposta a um ataque letal, o mar Vermelho testemunhou um aumento significativo nos ataques perpetrados pelos Houthis, um grupo terrorista com base no Iêmen. A justificativa dada pelos Houthis para esses ataques foi a suposta solidariedade com o povo de Gaza, numa demonstração de apoio à causa Palestina.
Os ataques vêm ocorrendo particularmente próximo ao estreito de Bab al-Mandab, uma área vital localizada entre a África e a Península Arábica, destacando-se pela importância estratégica para o tráfego marítimo internacional. O impacto dessas ações se estende além da região, afetando o livre fluxo de comércio global nas rotas marítimas cruciais.
Resposta aos Ataques
Em resposta a esses ataques, uma coalizão formada pelos Estados Unidos, Austrália, Bahrein, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Singapura e Reino Unido fez um pronunciamento conjunto, enfatizando um apelo urgente para que os rebeldes do Iêmen interrompam suas ofensivas. Este comunicado foi considerado um “aviso final”, no qual essas nações deixaram claro que, caso essa exigência não seja atendida, haverá consequências severas.
Segundo o guiame, a declaração conjunta das autoridades desses países rotulou os ataques como ilegais e profundamente desestabilizadores para a região. Além disso, ressaltaram que os Houthis serão responsabilizados pelas ramificações de continuar ameaçando vidas humanas e comprometendo o comércio global em uma rota marítima de tamanha importância.
Clima Tenso
Essa escalada de tensão ocorre em um cenário já tenso, com a guerra entre Israel e o Hamas, na qual os Houthis, do Iêmen, reivindicaram a autoria de ataques com drones e mísseis contra Israel. Identificados como parte do grupo político-religioso Ansar Allah, predominantemente xiita, esses rebeldes mantêm uma conexão com o “Eixo de Resistência”, apoiado pelo Irã, conforme reportado pela CNN.
Diante dessa situação, os militares dos EUA se preparam para possíveis ações contra o grupo rebelde do Iêmen, respaldados por fontes oficiais americanas. Enquanto isso, a administração do presidente Joe Biden tem adotado uma abordagem cautelosa, procurando equilibrar o uso da força com a busca por uma solução diplomática para o conflito.
É evidente que a escalada de tensões na região do mar Vermelho, a guerra entre Israel e o Hamas, juntamente com os ataques dos Houthis, representa um desafio significativo para a estabilidade regional e global, despertando preocupações sobre o potencial impacto econômico e a necessidade de uma ação coordenada para garantir a segurança marítima e promover a estabilidade geopolítica.