Uma nova e perigosa fase do conflito no Oriente Médio foi deflagrada nesta sexta-feira (13), com o Irã lançando um ataque direto com dezenas de mísseis contra o território de Israel. O Exército israelense confirmou a ofensiva, acionando seus sistemas de defesa e ordenando que a população em todo o país buscasse refúgio em abrigos antiaéreos. A ação iraniana é uma retaliação a um bombardeio israelense ocorrido na noite anterior.
Segundo o portal Correio Braziliense, o Exército de Israel emitiu um alerta informando que “mísseis foram lançados do Irã em direção ao território do Estado de Israel”. Jornalistas da Agência France-Press relataram ter ouvido explosões nas proximidades de Jerusalém e Tel Aviv. O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã assumiu a autoria do ataque, classificando-o como “Operação Promessa Verdadeira III” e uma resposta “à agressão e ao ataque criminoso perpetrados pelo regime sionista”.
A tensão escalou rapidamente. De acordo com o portal SBT News, a Força de Defesa de Israel declarou que “toda Israel está sob fogo”. A ofensiva iraniana ocorre após Israel bombardear o Irã na noite de quinta-feira (12), tendo como alvo infraestruturas nucleares, como a de Natanz, e esconderijos de líderes iranianos. Israel acusa Teerã de manter um programa secreto para desenvolver armas atômicas, alegação que o Irã nega.
Em Jerusalém, a correspondente brasileira Aline, do canal “Israel com Aline”, transmitiu ao vivo atualizações sobre a situação. Ela relatou que o contra-ataque israelense, ocorrido por volta das 3h da manhã, visou especificamente alvos militares, com o objetivo de enfraquecer a capacidade bélica do Irã, especialmente suas ambições nucleares.
O objetivo de Israel não é ferir o povo iraniano, a quem considera amigo e aliado
destacou Aline, contextualizando a ação como uma medida de autodefesa.
Ela lembrou que o Irã ataca Israel há décadas, muitas vezes por meio de grupos aliados como o Hamas e os Houthis.
As consequências dos ataques já são sentidas. A Rádio 93 FM informou que, segundo a mídia israelense, ao menos 15 pessoas ficaram feridas com ferimentos leves em Israel e que os arredores do prédio do Ministério da Defesa, em Tel Aviv, foram atingidos. Já a correspondente Aline reportou que, do lado israelense, não houve fatalidades, mas uma mulher se encontra em estado crítico e 35 pessoas ficaram feridas. Ela também mencionou um dado trágico: um míssil iraniano teria caído em território palestino, ferindo três crianças.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, utilizou as redes sociais para declarar que “o regime sionista cometeu um grande erro” e que as consequências “levarão esse regime à ruína”, conforme noticiado pelo Correio Braziliense. Em contrapartida, Aline ressaltou o robusto investimento de Israel na proteção de sua população civil, o que, segundo ela, minimizou o número de vítimas, contrastando com o que chamou de “descaso do regime iraniano com a segurança de seu próprio povo”.
Em meio ao caos e à escalada militar, a correspondente em Jerusalém fez um apelo emocionado. Ela pediu orações pela paz na cidade santa e em todo o Oriente Médio, e também pela “libertação do povo iraniano de seu regime opressor”. Compartilhando um drama pessoal, Aline revelou que seu marido foi convocado para servir no exército israelense, ilustrando como o conflito afeta diretamente a vida das famílias na região. Ela finalizou sua transmissão incentivando o combate à desinformação e o apoio a fontes de notícias confiáveis, transmitindo de um local improvisado, pois os abrigos antiaéreos não possuem conexão com a internet. A situação permanece tensa, com a comunidade internacional em alerta máximo diante da possibilidade de uma guerra aberta entre as duas potências regionais.