Hospital Al Quds anuncia encerramento de serviços essenciais por falta de energia
O Hospital Al Quds, na cidade de Gaza, enfrenta uma grave crise de energia que tem impactado diretamente a prestação de serviços essenciais. Com combustível para apenas duas horas de eletricidade por dia, a unidade de saúde anunciou o fechamento de diversos serviços, incluindo cirurgias, de acordo com o Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha).
O gerador principal do hospital foi desligado, restando apenas um gerador menor em funcionamento para reduzir o consumo de combustível. Como resultado, a enfermaria cirúrgica, a unidade de geração de oxigênio e a enfermaria de ressonância magnética tiveram que fechar. Além disso, áreas próximas ao hospital foram atingidas por bombardeios, causando danos significativos ao edifício e ferimentos em pacientes e deslocados internos.
Crise nos Hospitais de Gaza
O Hospital Al Quds não é o único enfrentando dificuldades. O Al Awda, outro hospital na região, também está com seu estoque de combustível no limite, ameaçando a prestação de serviços de emergência e cirurgias especializadas, sendo o único prestador de serviços de maternidade no norte da Faixa de Gaza. Desde o início das hostilidades, 14 dos 35 hospitais de Gaza com capacidade de internações foram fechados e 71% de todas as instalações de cuidados primários foram encerradas.
Alerta da Organização Mundial da Saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a propagação de doenças devido à interrupção dos sistemas de saúde, água e saneamento. Diarreia e outras contaminações estão se espalhando rapidamente, principalmente entre crianças menores de cinco anos. A falta de combustível levou ao fechamento de fábricas de dessalinização, aumentando o risco de infecções bacterianas, como a diarreia, devido ao consumo de água contaminada.
Além disso, a falta de combustível comprometeu a coleta de resíduos sólidos, criando um ambiente propício à proliferação de insetos e roedores que podem transmitir doenças. A ajuda humanitária que entra pelo Egito atende apenas a uma pequena fração da população, deixando a grande maioria desassistida.
Essa situação demonstra a urgente necessidade de ações que garantam o fornecimento de energia e suprimentos médicos essenciais para os hospitais em Gaza, evitando assim a propagação de doenças e o colapso do sistema de saúde na região.
*Com informações da Agência Brasil