Human Rights Watch critica veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU
A organização internacional não governamental de direitos humanos, Human Rights Watch (HRW), divulgou uma nota criticando o veto do governo dos Estados Unidos contra a resolução negociada pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). A proposta de resolução, votada na manhã desta quarta-feira (18), recebeu 12 dos 15 votos, mas foi vetada pelos Estados Unidos, membro permanente do Conselho.
Postura cínica dos Estados Unidos
A HRW classificou a postura dos Estados Unidos, representados pela embaixadora Linda Thomas-Greenfield, como “cínica” no uso de seu poder de veto. Caso os Estados Unidos não tivessem vetado, a resolução teria sido aprovada, já que os demais membros permanentes do conselho não votaram contra o texto.
A organização também destaca que a resolução condenava os ataques do grupo islâmico Hamas contra civis israelenses, algo que os Estados Unidos também defendiam. A ausência desse trecho foi o motivo pelo qual o país rejeitou o texto proposto pela Rússia dois dias antes.
Demanda pela intervenção da Assembleia Geral da ONU
A HRW propõe que a Assembleia Geral da ONU intervenha no conflito, diante do impasse no Conselho de Segurança. Segundo a organização, os países membros da ONU deveriam solicitar que a Assembleia Geral tome medidas urgentes para proteger os civis e evitar grandes atrocidades.
Composição e funcionamento do Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, conta com membros rotativos, como Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de pelo menos nove dos 15 membros, excluindo qualquer veto dos membros permanentes. Diferentemente do Conselho de Segurança, na Assembleia Geral da ONU não existe o mecanismo de veto.
Fonte: Agência Brasil
*Com informações da Agência Brasil