Benjamin Netanyahu nega possibilidade de cessar fogo na Faixa de Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou veementemente qualquer chance de interromper os bombardeios na Faixa de Gaza. Ele afirmou que pedir por um cessar fogo seria render-se ao Hamas, ao terrorismo e à barbárie. Netanyahu baseou sua posição na Bíblia, citando a passagem que fala sobre o tempo da guerra. Esta declaração vem após a aprovação de uma resolução da ONU que pede o cessar fogo imediato.
Resgate de reféns e evacuação de civis
Antes de fazer o pronunciamento à imprensa, Netanyahu mostrou solidariedade às três mulheres sequestradas pelo Hamas através das redes sociais. Elas foram capturadas em outubro e, em um vídeo divulgado pelo grupo, uma das reféns critica a inação do governo israelense em relação a sua situação. O Hamas propôs a libertação dos reféns em troca do que eles chamam de “presos políticos”. O governo israelense exige a liberação imediata de todos os reféns e pede que os civis do norte da Faixa de Gaza sejam evacuados.
Civis em perigo e situação humanitária precária
O primeiro-ministro afirmou estar fazendo o possível para evitar vítimas civis, oferecendo suporte humanitário, alimentos, água e medicamentos. A região segura indicada por Netanyahu é o sul da Faixa de Gaza. No entanto, relatos de uma brasileira resgatada pelo governo afirmam que um prédio ao lado onde brasileiros estavam abrigados foi bombardeado, obrigando-os a evacuar a área. Além disso, há relatos de que a população precisa racionar água e enfrentar filas de até 5 horas para conseguir um único pão. Um depósito de alimentos da ONU também foi invadido recentemente, o que evidencia a crise humanitária na região.
Esforços diplomáticos e emergência humanitária
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre possíveis acordos no Conselho de Segurança da ONU em relação ao conflito. Até o momento, nenhuma proposta de resolução foi aprovada devido aos vetos dos Estados Unidos e da Rússia. Além disso, as autoridades discutiram a emergência humanitária em Gaza e a situação da fronteira entre Egito e Gaza, que o governo brasileiro tem negociado para retirar seus cidadãos da zona de conflito.
O custo humano do conflito
Desde o início do conflito, mais de 8 mil palestinos morreram em Gaza, sendo que 7 em cada 10 vítimas são mulheres e crianças. Mais de 1,4 milhão de pessoas estão desabrigadas, o que representa cerca de 60% da população de Gaza. Também houve um aumento da violência na Cisjordânia, onde 121 pessoas foram mortas por colonos ou pelas forças armadas israelenses. No mesmo período, mais de 1,4 mil israelenses foram mortos, a maioria em 7 de outubro.
*Com informações da Agência Brasil