Papa expressa repúdio ao assassinato do candidato à presidência do Equador

Redação
3 min de leitura

O papa Francisco condena assassinato de candidato presidencial no Equador

O papa Francisco expressou hoje (12) sua condenação ao assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador. Em um telegrama enviado ao arcebispo de Quito, Alfredo José Espinoza Mateus, o líder da igreja católica classificou o atentado político como uma “violência injustificável”. Além disso, Francisco fez um apelo à união dos cidadãos e líderes políticos equatorianos em prol da paz.

Uma mensagem de pesar e solidariedade

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, assinou a mensagem que transmitiu as condolências do santo padre ao arcebispo Mateus, à família de Villavicencio e ao povo equatoriano. O texto destacou o profundo pesar do papa diante da triste notícia do assassinato do candidato.

O papa Francisco também expressou repúdio à violência e fez um chamado para que todos os cidadãos e forças políticas se unam em prol da paz. A mensagem também mencionou Nossa Senhora de El Quinche, padroeira do Equador.

O crime e suas consequências

Fernando Villavicencio, ex-dirigente sindical e jornalista de 59 anos, foi assassinado a tiros na última quarta-feira (9), menos de duas semanas antes do primeiro turno das eleições equatorianas. O crime ocorreu em Quito, quando o candidato se despedia de seus apoiadores após um ato de campanha. Homens armados se aproximaram e abriram fogo, ferindo não apenas Villavicencio, mas também outras nove pessoas.

As autoridades equatorianas já detiveram seis suspeitos do crime, todos colombianos. O Ministério Público afirma ter provas contundentes, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos acusados. No local do crime, foi encontrada também uma granada que foi neutralizada pela equipe antibomba da polícia.

Repercussões e estado de exceção

O assassinato de um candidato presidencial gerou grande comoção no Equador e levou o governo a decretar estado de exceção em todo o país, pelo período de 60 dias. Essa medida resulta na suspensão temporária de direitos fundamentais, como a inviolabilidade dos lares e das correspondências, que poderão ser inspecionadas pelas forças de segurança. Apesar disso, a data do primeiro turno das eleições, marcada para o dia 20, continua mantida.

O papa Francisco, ao manifestar sua condenação e solidariedade, destaca a importância da união em tempos de violência e faz um apelo pela paz no Equador. Espera-se que as autoridades equatorianas esclareçam rapidamente o crime e garantam a segurança do povo durante o processo eleitoral.



*Com informações da Agência Brasil

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