O Papa Francisco fala sobre guerra, diálogo universal e crises
A TV Brasil irá exibir neste sábado (21), a partir das 19h30, os principais trechos de uma entrevista exclusiva do Papa Francisco à agência pública de notícias da Argentina, a Télam. Nesta entrevista, o pontífice compartilha suas opiniões sobre o diálogo universal, a guerra e o papel das crises.
Diálogo universal como antídoto à guerra
Em suas palavras, o Papa Francisco destaca a importância do diálogo universal como forma de superar os conflitos e evitar a guerra. Segundo ele, o diálogo não pode ser limitado apenas a um nível nacional, mas deve ser abrangente, especialmente nos dias de hoje, em que a comunicação é facilitada. O Papa reforça que a guerra é inimiga desse diálogo universal, citando que desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo tem vivido uma série de guerras em diferentes partes do globo.
Origens da guerra
O pontífice também analisa as origens das guerras, apontando duas principais causas. A primeira é a exploração, que leva a conflitos motivados tanto por interesses financeiros quanto pelo controle territorial. A outra origem está relacionada às ditaduras, que podem ser declaradas ou não, mas possuem um poder de dominação semelhante ao das ditaduras explícitas.
O papel das crises
Francisco destaca que as crises têm um papel importante na resolução de conflitos. Ele acredita que as crises funcionam como sinais que apontam caminhos a serem seguidos, tanto para indivíduos, como para famílias, países e civilizações. O pontífice também ressalta que as crises, quando bem administradas, são capazes de promover o crescimento.
Não há Messias para resolver conflitos
O Papa Francisco também critica a ideia de se esperar por um Messias que possa resolver todos os conflitos. Segundo ele, essa ideia é equivocada, pois o único Messias foi Jesus Cristo, que salvou a humanidade. Ele reforça que resolver conflitos requer enfrentar as crises, buscando solucionar as raízes dos problemas. O pontífice destaca a importância da sabedoria em gerenciar conflitos e enfatiza que sem conflitos, não há progresso.
A exploração do trabalho
Na entrevista, o Papa condena a exploração do trabalho e alerta para as consequências negativas dessa prática. Ele destaca que quando empresas contratam trabalhadores sem registrar suas carteiras de trabalho, evitando o pagamento de contribuições e prejudicando o futuro dessas pessoas, o trabalho se torna um instrumento de escravidão. O Papa ressalta que seu posicionamento não é comunista, como alguns afirmam, mas sim baseado nos princípios do Evangelho.
A entrevista concedida pelo Papa Francisco à agência Télam traz reflexões importantes sobre temas como guerra, diálogo universal, crises e exploração do trabalho. Suas palavras destacam a importância de valorizar o diálogo e buscar soluções para os conflitos sem esperar por um salvador. A compreensão e aplicação desses princípios podem contribuir para a construção de um mundo mais pacífico e justo.
*Com informações da Agência Brasil