Gaza à beira da radicalização: especialistas alertam para consequências da ofensiva israelense
A continuidade dos ataques israelenses em Gaza traz consigo o risco de radicalização da população palestina e o fortalecimento do terrorismo. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacam as possíveis consequências dessa prolongada ofensiva que parece longe do fim, de acordo com declarações do chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi.
Envolvimento regional
Além da situação interna em Israel, outros fatores externos podem influenciar os rumos da ofensiva. O risco de grupos armados, como o Hezbollah e os houthis, se envolverem no conflito traz a possibilidade de uma guerra regional, ampliando ainda mais a complexidade do cenário. A morte do conselheiro militar da Guarda Revolucionária iraniana em um ataque aéreo na Síria aumentou as tensões e as incertezas sobre o desfecho do conflito.
Eleição americana
No continente americano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfrenta pressões para moderar a ofensiva israelense, considerando o impacto desse conflito em sua possibilidade de reeleição em 2024. A preocupação com as questões internas do país pode influenciar a postura dos EUA em relação ao conflito no Oriente Médio.
Política x guerra
Segundo os especialistas, a prolongação da ofensiva não contribui para um processo de desradicalização, sendo que a guerra pode acabar fortalecendo ainda mais posições extremistas. A busca por soluções políticas e negociações é apontada como a verdadeira forma de enfrentar os conflitos na região, em contraponto à estratégia de guerra adotada.
Extremismo
A radicalização da população palestina e a manipulação dos conflitos para fortalecer causas terroristas são apontadas como consequências planejadas pelo grupo Hamas. A distinção entre os objetivos do Hamas e a causa palestina é destacada, ressaltando a necessidade de buscar soluções pacíficas para o conflito.
Negociações
Apesar das dificuldades e da resistência de ambos os lados, as negociações e pressões internacionais indicam a possibilidade de um desfecho negociado para a ofensiva em Gaza. A participação de mediadores, como o Egito, e a busca por acordos de cessar-fogo sinalizam a tentativa de encontrar uma saída para o conflito.
Netanyahu
Internamente, o cenário eleitoral em Israel também traz desafios para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrenta pressões financeiras e críticas da comunidade internacional à sua conduta em relação à ofensiva em Gaza. O prolongamento da guerra, segundo os especialistas, pode gerar impactos significativos na economia do país e na percepção pública sobre o governo.
*Com informações da Agência Brasil