Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta russa sobre conflito entre Israel e Hamas
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou, nesta segunda-feira (16), a proposta de resolução da Rússia sobre a guerra entre Israel e o Hamas. A reunião foi convocada pelo Brasil, que preside atualmente o Conselho.
Expectativa do Brasil em relação à sua proposta
Espera-se que o Brasil apresente sua proposta na terça-feira (17), em uma nova reunião do Conselho.
O que a proposta russa contemplava
A resolução da Rússia apresentava a proposta de um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos.
Votação e necessidade de apoio para aprovação da resolução
A proposta recebeu cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções. Para aprovar uma resolução na ONU, é preciso o apoio de 9 dos 15 membros, e nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.
É importante ressaltar que o Conselho de Segurança possui cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, outros 10 países fazem parte do conselho rotativo: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.
Posicionamento dos Estados Unidos e da Rússia
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, explicou que a proposta foi rejeitada porque não condenava o Hamas. Ela ressalta que o Conselho e toda a comunidade internacional têm a responsabilidade de ajudar a lidar com a crise humanitária, condenando o Hamas de forma inequívoca e reafirmando o direito de autodefesa, de acordo com a Carta Magna da ONU. Segundo ela, ao não mencionar o Hamas, a Rússia dá cobertura ao grupo islâmico e ignora suas vítimas.
Por outro lado, o representante da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, lamentou a rejeição da proposta e afirma que o Conselho está refém das intenções do bloco Ocidental.
Reunião suspensa e continuidade do diálogo
No início da noite, a reunião chegou a ser suspensa a pedido da representante dos Emirados Árabes para a realização de “consultas estreitas sobre as votações”. A representação brasileira no conselho tem buscado costurar um texto que atenda aos membros permanentes, e o diálogo deve continuar durante esta terça-feira até a apresentação de sua proposta.
*Com informações da Agência Brasil