O governador do estado de Kaduna, na Nigéria, realizou uma reunião com líderes religiosos em meio ao aumento significativo dos ataques terroristas em uma área predominantemente cristã. O ataque resultou na trágica morte de 25 pessoas nas duas primeiras semanas de janeiro.
James Bitrus, líder cristão da região de Kagarko, no sul do estado de Kaduna, relatou que mais de 100 cristãos foram mortos nos últimos quatro meses devido à crescente violência perpetrada por terroristas muçulmanos na área.
“Esses ataques se intensificaram de setembro até janeiro. Desde novembro, muitos de nossos concidadãos foram forçados a abandonar suas comunidades, impedindo os agricultores de acessarem suas fazendas. Isso sem mencionar os cerca de 100 cristãos mortos nos últimos quatro meses”, afirmou Bitrus.
Além disso, Bitrus revelou que mais de 100 cristãos foram sequestrados durante esses ataques, enquanto 25 cristãos morreram nas primeiras semanas de janeiro. Essas estatísticas não incluem os sequestros ocorridos ao longo do último ano. Bitrus e outros líderes cristãos se encontraram com o governador de Kaduna, Uba Sani, e os chefes das agências de segurança para discutir a situação.
Intervenção Governamental
Segundo o Morning Star News e com informações do Gospel Prime, durante o encontro, eles pediram ações imediatas contra o terrorismo na região. O governador reconheceu que partes do estado tornaram-se redutos para atividades terroristas e expressou a necessidade de um foco renovado e coordenação para conter os recentes ataques em várias áreas.
“Os bandidos e terroristas exploraram lacunas, particularmente ao redor de Maganda, Kuyello e outras aldeias circundantes, para realizar emboscadas em cidadãos, bem como nas forças de segurança que tentavam responder a chamadas de socorro”, afirmou Sani.
Bitrus destacou a urgência de uma intervenção governamental para conter as atividades terroristas e pediu o estabelecimento de uma base militar na região. Ele enfatizou a necessidade de colaboração entre os governos estadual e nacional para proteger as comunidades locais da ameaça de extinção devido aos ataques terroristas.
Em um cenário em que a Nigéria se mantém como o país mais perigoso para os cristãos, com um aumento significativo de sequestros e ataques a igrejas e edifícios cristãos, conforme registrado no World Watch List de 2024, líderes cristãos acreditam que os ataques frequentes de pastores nômades Fulani visam tomar terras de cristãos e impor o islamismo na região.