Recentemente, a república russa do Daguestão, localizada no norte do Cáucaso, foi palco de ataques coordenados que resultaram na morte de pelo menos 19 pessoas, incluindo 15 policiais. Os ataques foram direcionados a duas igrejas, uma sinagoga e postos policiais nas cidades de Derbent e Makhachkala, durante o festival ortodoxo de Pentecostes. Entre os mortos, está o padre Nikolai Kotelnikov, que serviu em Derbent por mais de 40 anos.
Organização Terrorista
O Comitê Nacional Antiterrorismo da Rússia classificou os ataques como terroristas. Sergei Melikov, chefe da república, afirmou que as autoridades já sabem quem está por trás da organização dos ataques, mas não divulgou detalhes. Melikov mencionou que o ataque foi planejado no exterior e relacionou a situação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. A operação antiterrorista que se seguiu aos ataques foi concluída na manhã desta segunda-feira, e Melikov declarou três dias de luto.
Contexto Regional
Segundo o guiame, o Daguestão, uma das regiões mais pobres da Rússia e predominantemente muçulmana, tem um histórico de ataques por militantes islâmicos. Entre 2007 e 2017, o Emirado do Cáucaso realizou diversos atentados na região. Os ataques recentes reacenderam preocupações sobre a segurança e a estabilidade na área, especialmente com as crescentes tensões devido à guerra na Ucrânia. A polícia prendeu Magomed Omarov, chefe do distrito de Sergokalinsky, após relatos de que dois de seus filhos estavam entre os responsáveis pelos ataques.