Recentemente, o centro cristão Christians For Israel (C4I), localizado na Holanda, foi alvo de vandalismo durante um protesto organizado por três grupos pró-Palestina: Extinction Rebellion, Justice Now e Christian Collective. O prédio foi pichado com frases como “Apoiando o genocídio”, “Assassinos de crianças” e “Cúmplices dos acontecimentos em Gaza”, acusando a organização de apoiar crimes contra palestinos.
Protesto hostil e vandalismo
Os funcionários do C4I foram surpreendidos pela manifestação, enquanto chegavam ao local de trabalho. Além das pichações, os ativistas criaram um clima de hostilidade que interrompeu as atividades da organização. Apesar de a polícia ter sido acionada, as autoridades demoraram cerca de 20 minutos para chegar e levaram quase três horas para dispersar os manifestantes e garantir a segurança no local.
A direção do C4I lamentou o episódio, classificando-o como uma demonstração de intolerância e falta de diálogo. Um representante da organização enfatizou que, ao longo dos anos, o C4I tem contribuído com centenas de milhares de euros para projetos que apoiam palestinos e promovem a coexistência pacífica entre árabes e judeus em Israel. “Acusar-nos de cumplicidade no genocídio ignora completamente os fatos e nossos esforços humanitários”, destacou.
Crescente onda antissemita
O ato de vandalismo reflete uma crescente onda de violência antissemita na Holanda. Frank van Oordt, diretor-executivo do C4I, condenou os ataques e ressaltou a importância de manter o apoio a Israel mesmo diante da oposição. “Estamos chocados que isso esteja acontecendo em nosso país. Continuaremos a defender a verdade bíblica e tornar isso conhecido por cristãos na Holanda e no mundo”, declarou.
Nos últimos meses, outros episódios de violência e hostilidade contra judeus e cristãos pró-Israel foram registrados na região. No início de novembro, manifestantes incendiaram um bonde em Amsterdã, gritando slogans antissemitas como “judeus são um câncer”. Durante um jogo entre o Maccabi Tel Aviv e o Ajax, torcedores israelenses foram atacados por gangues árabes e muçulmanas, resultando em 10 feridos e obrigando centenas de turistas israelenses a se refugiarem em hotéis por horas, temendo novos ataques.
Apelo por diálogo
O Christians For Israel reforçou sua disposição ao diálogo com os grupos ativistas. “Dissemos a eles: ‘Se você quer conversar, esta não é a maneira de fazê-lo’. Em vez disso, optaram por vandalismo, gritos e disseminação de desinformação”, afirmou um representante.