A China continua a fortalecer sua postura autoritária, justificando suas ações com a alegação de combate ao “terrorismo” e à crítica ocidental. Recentemente, a revisão periódica universal (RPU) dos direitos humanos na China esteve em destaque nas Nações Unidas. Apesar das evidências abundantes de violações de direitos humanos no país, Pequim tem conseguido manipular esses relatórios, contando com o apoio de “países amigos” que não abordam as sérias questões.
A revista Bitter Winter destaca que, coincidentemente, a China publicou o “Livro Branco – Quadro Legal e Medidas para o Contraterrorismo” em 23 de janeiro, justamente durante a RPU. Isso reflete a tentativa do governo chinês de controlar a narrativa e desviar a atenção das críticas internacionais.
”Livro Branco”
O “Livro Branco” detalha supostas medidas de proteção aos suspeitos e réus, alegando que eles recebem alimentação adequada, tempo de descanso e proteção contra abusos físicos e insultos. No entanto, estas alegações contrastam fortemente com os inúmeros relatos de violência, tortura e prisões arbitrárias enfrentadas pelos cristãos na China.
A repressão religiosa na China não se limita a cristãos, abrangendo também minorias como uigures, tibetanos e mongóis do Sul. A China adota uma definição ampla de terrorismo, incluindo atividades inofensivas, como comprar terreno para mesquitas ou usar roupas islâmicas. Qualquer manifestação considerada desobediência ao Estado pode ser rotulada como um “ato de terrorismo”.
Segundo o guiame, o termo “transformação através da educação”, frequentemente usado pelo governo chinês, é, na verdade, uma descrição enganosa. Campos de “reeducação” não têm relação com a educação convencional, mas são usados para doutrinação política e, muitas vezes, resultam em violações graves dos direitos humanos.
O “Livro Branco” lamenta que alguns países ignorem o direito da China de escolher seu próprio caminho contra o terrorismo, alegando violação de sua soberania nacional. Enquanto o governo chinês procura justificar suas ações, a comunidade internacional observa as crescentes violações dos direitos humanos e da liberdade religiosa no país. Cristãos na China enfrentam restrições à prática de sua fé, incluindo a proibição de possuir Bíblias e a constante vigilância e perseguição por sua crença em Jesus Cristo como Senhor. A comunidade global deve permanecer vigilante diante dessas violações contínuas dos direitos fundamentais na China.