Uma cidade da Califórnia, nos Estados Unidos, proibiu dois capelães de orarem em nome de Jesus, alegando que as orações seriam uma forma de assédio. O prefeito de Carlsbad, Scott Chadwick, ordenou que o capelão dos bombeiros Denny Cooper e o capelão da polícia JC Cooper parassem de usar o nome de Jesus em suas orações, argumentando que isso criava um ambiente de trabalho hostil para os não-cristãos.
A decisão causou controvérsia, especialmente entre os religiosos da comunidade. O prefeito afirmou que as orações em nome de Jesus poderiam ser vistas como coercitivas e discriminatórias, o que justificaria a proibição para manter um ambiente inclusivo para todos os funcionários.
Defesa da Liberdade Religiosa
O First Liberty Institute (FLI), um grupo jurídico cristão, contestou a decisão. Em uma carta enviada ao Conselho Municipal de Carlsbad, o FLI pediu que o governo da cidade garantisse a liberdade religiosa dos capelães. A carta destacou que a ordem do prefeito impedia os capelães de exercerem plenamente seu ministério, que inclui proporcionar conforto espiritual aos socorristas.
“Como os capelães não podem, em sã consciência, apagar o nome de Jesus das suas orações, esta ordem priva os socorristas do consolo e da força espiritual que o ministério voluntário dos capelães tem proporcionado durante quase duas décadas”, afirmou a carta. O grupo jurídico defende que os capelães devem ter a liberdade de orar de acordo com suas crenças religiosas sinceras.
Reação e Implicações
Segundo o guiame, a advogada do FLI, Kayla Toney, criticou a justificativa do prefeito, argumentando que a proibição das orações em nome de Jesus não é uma interpretação correta da lei. Segundo Toney, a ordem do prefeito criou um ambiente hostil para os capelães e outras pessoas de fé que vivem em Carlsbad.
“Esta não é uma compreensão verdadeira ou precisa da lei, que sempre protegeu as orações e expressões dos religiosos americanos. Ironicamente, a ordem do administrador municipal criou um ambiente hostil para os capelães e muitas outras pessoas de fé que vivem em Carlsbad”, declarou ela ao The Christian Post.
A situação em Carlsbad levanta questões importantes sobre a liberdade religiosa e os limites da expressão religiosa em espaços públicos e locais de trabalho. Enquanto a cidade tenta navegar entre a inclusão e a liberdade religiosa, o debate continua sobre o que constitui assédio e como melhor proteger os direitos de todos os funcionários.