Entre os dias 01 e 16 de fevereiro, a cristã norte-coreana Kim Sang-Hwa (pseudônimo), visitará igrejas nas regiões de Araçatuba–SP, São Paulo–SP. Além de testemunhar seu encontro com Jesus, ela compartilhará sobre os desafios que irmãos na fé enfrentam para seguir a Cristo na Coreia do Norte, o país número um na Lista Mundial da Perseguição 2025.
Kim Sang-Hwa aprendeu na escola que cristãos eram pessoas más e que deveriam ser denunciadas ao governo. Aos 12 anos, ela encontrou uma Bíblia em casa e estava decidida em acusar seus pais de trair os grandes líderes do país. Mas quando refletiu que nunca mais os veria, mudou de ideia e confessou ao pai que havia encontrado.
Ela tornou-se uma cristã secreta, casou-se com um jovem que o pai evangelizou e tem como missão propagar o que Deus está fazendo na Coreia do Norte e qual a situação dos cristãos no país. Hoje ela vive com a família na Coreia do Sul.
Entre os dias 01 e 10 de fevereiro, Kim Sang-Hwa visitará igrejas no estado de São Paulo como Adamantina, Araçatuba, Fernandópolis, Penápolis, Birigui e Guararapes. A partir do dia 12 até 16, a cristã norte-coreana compartilhará seu testemunho em São José dos Campos, Guarulhos, São Paulo, Embu das Artes e Santo André.
Confira a agenda de Kim Sang-Hwa e visite uma das igrejas em que ela compartilhará seu testemunho de fé e os desafios enfrentados pelos cristãos da Coreia do Norte.
Perseguição a cristãos na Coreia do Norte
Pelo terceiro ano consecutivo e pela 23ª vez desde a primeira Lista Mundial da Perseguição em 1993, a Coreia do Norte ficou no topo da lista. Desde 2002, o país tem sido a número 1 todos os anos, exceto 2022, quando ficou em segundo lugar, atrás do Afeganistão, após sua queda para o Talibã.
No início de 2024, o governo da Coreia do Norte anunciou regulações mais rigorosas e sanções mais severas, o que aumentou o medo entre a população. Por isso, não existem atividades da igreja no país. É impossível se reunir para cultuar, e até mesmo fazer isso em secreto pode ser um grande risco.
Este ano, a pontuação da violência aumentou ainda mais no país, com os cristãos enfrentando uma possível execução pública sumária se forem descobertos.
Os cristãos evitam compartilhar a fé até com os próprios familiares. Se descobertos, cristãos norte-coreanos são mortos ou enviados para campos de trabalho forçado. “Devido à paranoia ditatorial e do fechamento das fronteiras para ajuda externa, além da repressão, os cristãos norte-coreanos estão passando fome e extrema necessidade”, afirma Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas no Brasil.