Em 2023, um cenário encorajador se desenhava para os cristãos locais em Omã, que, superando o medo, começaram a se reunir e formar uma comunidade vibrante. Composta na maioria por estrangeiros que estavam no país a trabalho, a comunidade cristã crescia em união e fé. Contudo, nos últimos meses do mesmo ano, essa esperançosa trajetória sofreu um golpe significativo.
O líder cristão principal, cujo papel era crucial para o desenvolvimento da igreja em Omã, foi descoberto pelas autoridades e, como resultado, obrigado a deixar o país. O impacto desse evento reverberou, levando outros cristãos expatriados, que haviam contribuído para a formação da comunidade, a também deixarem Omã. Essa série de acontecimentos desencadeou diferentes formas de ameaças, algumas mais veladas e outras direcionadas, por parte de influentes líderes omanis.
Esses líderes cristãos expatriados desempenhavam papéis cruciais na igreja local, organizando estudos bíblicos, discipulando novos convertidos e promovendo a importância da comunhão. O choque provocado por suas deportações afetou negativamente não apenas a comunhão, mas também o processo de discipulado na igreja em formação.
Comunidade Cristã Abalada
A comunidade cristã, agora abalada, enfrenta uma encruzilhada. Alguns membros desejam continuar a jornada da igreja, apesar das dificuldades, enquanto outros consideram a possibilidade de uma pausa temporária, buscando se proteger em meio às ameaças percebidas. Há também aqueles que, por precaução, evitam qualquer contato com os cristãos.
Segundo a Portas Abertas, é crucial observar que essa não é a primeira vez que líderes cristãos enfrentam deportação de Omã, destacando a vulnerabilidade persistente da Igreja Perseguida no 31º país da Lista Mundial da Perseguição de 2024.
Diante desse cenário desafiador, a comunidade cristã em Omã precisa urgentemente de orações. Os pedidos incluem súplicas pela força e coragem dos novos convertidos, pela unidade contínua da igreja mesmo diante das adversidades e pela manifestação de líderes locais capazes de guiar a comunidade na ausência dos líderes expatriados.