A comunidade cristã na Síria vive um momento de apreensão após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. A recente onda de violência, especialmente contra minorias religiosas, levantou preocupações sobre a possibilidade de ataques direcionados aos cristãos no futuro.
Rumores não confirmados sobre massacres de cristãos têm circulado nas redes sociais, o que gerou ainda mais temor entre os fiéis. Apesar disso, líderes religiosos locais afirmam que não há evidências concretas de ataques coordenados contra cristãos. No entanto, a insegurança cresce, levando muitos a considerar deixar o país.
Com a ausência de forças de segurança efetivas, grupos de jovens cristãos têm se organizado para proteger suas comunidades. Em diversas cidades, patrulhas noturnas foram formadas para tentar conter a violência e garantir a segurança dos moradores.
A Síria ocupa atualmente a 18ª posição na Lista Mundial da Perseguição, indicando um nível severo de hostilidade contra os cristãos. Antes da guerra civil, essa população representava cerca de 10% dos habitantes do país, mas esse número caiu drasticamente nos últimos anos devido ao conflito e à ascensão de grupos extremistas.
Líderes cristãos expressam receio sobre o futuro da comunidade sob o novo governo. Embora haja promessas de igualdade e liberdade religiosa, há incerteza quanto à real aplicação dessas garantias. Muitos temem que os cristãos sejam tratados como cidadãos de segunda classe e que sua presença no país continue a diminuir.
Diante desse cenário, os cristãos sírios seguem tentando se manter firmes na fé e preservar sua identidade, mesmo em meio a desafios políticos e sociais cada vez mais complexos.